José Manuel Constantino vai ser esta quinta-feira reeleito para um terceiro mandato na presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP), num sufrágio a que concorre sozinho, após a mais bem-sucedida missão lusa em Jogos Olímpicos.
Constantino vai comandar os destinos olímpicos nacionais até Paris2024, com o objetivo de superar o melhor registo luso coroado com as quatro medalhas conquistadas em Tóquio2020, após ter assegurado o apoio de 30 das 33 federações olímpicas — exceções feitas ao taekwondo, ao boxe e ao basebol, por terem perdido o estatuto de utilidade pública.
Volta a candidatar como “vices” Artur Lopes e Vicente Araújo, num elenco que conta ainda com João Paulo Villas-Boas, Sameiro Araújo e Ulisses Pereira, em detrimento dos atuais elementos da comissão executiva Rosa Mota, António Aleixo e Hermínio Loureiro, este último com mandato suspenso.
Respeitando os 30% de elementos femininos definidos pelo Comité Olímpico Internacional (COI), o recandidato conta ainda com três antigos atletas olímpicos como vogais, casos de João Rodrigues (vela), Beatriz Gomes (canoagem) e Teresa Gaspar (judo), enquanto Marçal Grilo volta a encabeçar a lista para o Conselho de Ética e Leandro Silva a do Conselho Fiscal.
O manifesto eleitoral assume o “desafio permanente” de “valorizar socialmente o desporto” e “consolidar as políticas públicas e associativas para o desporto em patamares de maior relevo na agenda política e social”, para que seja um “único de coesão social e desenvolvimento humano”.
“Terá apenas a duração de três anos, vem na sequência da crise pandémica e, simultaneamente, a seguir à melhor prestação desportiva jamais alcançada por Portugal em contexto olímpico. Importa olhar para esta situação com realismo. A excelência dos resultados alcançados foi devida à qualidade dos atletas, dos treinadores, ao trabalho dos clubes e ao enquadramento federativo. O nosso mérito foi apenas o de potenciar a capacidade instalada. De unir e não dividir”, lê-se no manifesto.
O reforço na aposta em carreiras duais e na transição dos atletas olímpicos é outro dos objetivos apontados no manifesto, que preconiza ainda a construção da Casa do Olimpismo, como acervo da memória olímpica nacional, e disponibilização do arquivo histórico do COP.
Natural de Santarém, de 71 anos, Constantino foi eleito pela primeira vez presidente do COP, em 26 de março de 2013, sucedendo a Vicente Moura, ao conquistar 92 votos face aos 67 do rival Marques da Silva, e reeleito em 23 de fevereiro de 2017, com 144, num ato em que era o único candidato.
As eleições vão decorrer entre as 18h00 e as 20h00, na sede do COP, em Lisboa. O colégio eleitoral corresponde a 182 votos, quatro votos para cada um dos membros ordinários — 33 federações olímpicas — um para a comissão de atletas e um por cada membro extraordinário (49), entre os quais se incluem as federações de modalidades não olímpicas, entre outros.