Volodymyr Zelensky agradeceu aos primeiros-ministros da Eslovénia, Polónia e República Checa, considerados “países parceiros e amigos da Ucrânia” que visitaram a capital ucraniana esta terça-feira. O Presidente do país confessou ter-se sentido “feliz em conversar diretamente” com os três líderes. “É um apoio importante. Quando Kiev é um alvo para os ocupantes, é especialmente importante e corajoso estar aqui.”
O chefe de Estado deixou, por isso, um convite a todos os líderes mundiais: “Convido todos os amigos da Ucrânia a visitarem Kiev. Pode ser perigoso. Mas é assim”, aproveitando depois para mandar uma farpa sobre a decisão de a NATO de não levar a cabo a zona de exclusão aérea: “É assim porque os nossos céus ainda não estão fechados para mísseis e aviões russos”.
Sobre as negociações, Volodymyr Zelensky reforçou que é “preciso paciência”. “São difíceis, mas importantes, porque qualquer guerra termina com um acordo”, afirmou, garantindo, no entanto, que as “posições nas negociações estão mais realistas”.
Num discurso ao país partilhado esta terça-feira à noite nas redes sociais, o Presidente ucraniano destacou também que a ofensiva russa não teve sucesso nas últimas 24 horas. “Muitos recrutas morreram”, apontou, avançando também com a morte de um general da Rússia. Volodymyr Zelensky salientou também que as forças russas “cometeram novos crimes de guerra”: “Dispararam contra cidades pacíficas e infraestrutura civil. O número de mísseis que a Rússia disparou contra a Ucrânia já ultrapassou os 900”.
À semelhança do que tinha dito em outros discursos, o chefe de Estado voltou a apelar aos soldados russos para se renderem. Mas não só os soldados: também os membros do Kremlin, principalmente os membros do “sistema de propaganda”: “Se permanecerem no cargo e não se opuserem à guerra, a comunidade internacional privar-vos-á de tudo”.
Abordando o discurso no parlamento canadiano, Volodymyr Zelensky indicou que o Canadá foi um dos primeiros países a ajudar a Ucrânia. Numa mensagem para todo o Ocidente, o Presidente voltou a pedir ajuda “não em palavras”, mas “em atos”, que se materializam em “novas sanções contra a Rússia” e em mais armas.