O PS/Madeira está “absolutamente motivado e mobilizado” para se afirmar como “verdadeira alternativa de governação” no arquipélago, disse este sábado o novo líder da estrutura regional, Sérgio Gonçalves, vincando que o atual executivo PSD/CDS-PP está “esgotado e sem ideias”.
“Temos de deixar de ser a região mais pobre de Portugal, a região onde temos o menor poder de compra”, declarou, dizendo que o PS está “focado” nas eleições legislativas regionais de 2023 e na preparação de um programa de governo com as “melhores soluções” para o futuro da Madeira.
Sérgio Gonçalves falava após a reunião da Comissão Regional do PS/Madeira, na qual foram empossados órgãos e dirigentes indicados no congresso de 12 e 13 de março, quando foi oficializada a nova liderança do partido na região autónoma.
Tomaram posse os três vice-presidentes do partido (Miguel Iglésias, Avelino Conceição e Célia Pessegueiro), o secretário-geral (Gonçalo Aguiar) e o presidente da Comissão Regional, órgão máximo entre congressos (Paulo Cafôfo, ex-líder da estrutura regional).
“Esta primeira reunião é o mote para nos afirmarmos como verdadeira alternativa de governação na Madeira”, disse Sérgio Gonçalves, sublinhando que o atual Governo Regional, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, apresenta um “modelo esgotado” e “sem capacidade de implementar uma estratégia diferente para o desenvolvimento da região”.
O líder socialista insular apontou como exemplo do que classificou como a “falta de visão” do executivo PSD/CDS-PP o “falhanço nas metas para a transição energética”, que, segundo disse, provocou uma dependência superior a outras regiões do país relativamente a combustíveis fósseis.
Sérgio Gonçalves considera que o governo regional revela agora incapacidade para implementar medidas de mitigação e não faz uso principal do direito da região — a autonomia — para reduzir os impostos, nomeadamente o IVA e o IRS, aplicando o diferencial fiscal máximo (30%) autorizado pelo Estado.
“No caso do IVA, seria uma medida muito importante, para fazer face à subida do preço dos combustíveis, das matérias-primas e de todos os bens de primeira necessidade”, disse, lembrando, por outro lado, que os madeirenses pagam mais do que os açorianos em cinco dos sete escalões de IRS.
O líder do PS/Madeira considera que o atual ciclo político, que culmina com as eleições regionais de 2023, exige uma “grande responsabilidade e mobilização”, para afirmar o partido como “verdadeira alternativa de governação”.
“O Partido Socialista está absolutamente motivado, está mobilizado e está focado nas eleições regionais, está focado em desenvolver proximidade com a sociedade civil, com as empresas, porque é muito importante fazermos um diagnóstico correto e apurado da realidade regional”, disse.
E reforçou: “É importante perceber efetivamente quais são os problemas da região e só assim poderemos apresentar as melhores soluções, as mais adequadas para o futuro, e apresentar um programa de governo que concretize essa mudança que muitos desejam já há muito tempo.”