As Nações Unidas informaram, esta quinta-feira, que conseguiram entregar alimentos destinados a cerca de 6.000 pessoas na cidade cercada de Sumy, na Ucrânia, mas lamentou que o mesmo ainda não seja possível em Mariupol por questões de segurança.
A informação foi avançada pelo coordenador humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU) na Ucrânia, Osnat Lubrani, que adiantou que a ONU, juntamente com parceiros humanitários, entregaram hoje suprimentos para milhares de pessoas na cidade cercada de Sumy, incluindo crianças e pacientes hospitalares, onde bombardeamentos e combates destruíram casas, hospitais e escolas, cortaram energia e água e impediram entregas comerciais de alimentos e outros bens.
“Graças ao nosso parceiro nacional, a Cruz Vermelha Ucraniana, esses suprimentos de socorro serão entregues em Sumy, bem como em áreas de difícil acesso no nordeste, como Trostianets e Okhtyrka”, disse Lubrani, citado em comunicado.
Os alimentos beneficiarão cerca de 6.000 pessoas; cobertores, chaleiras e outros utensílios domésticos básicos […] apoiarão 1.500 pessoas; enquanto os kits de saneamento ajudarão 6.000 pessoas com higiene e água potável. Os suprimentos médicos e kits de trauma tratarão 150 pacientes que necessitam de cuidados intensivos para ferimentos graves, enquanto os outros suprimentos médicos atenderão 10.000 pessoas por três meses”, enumerou.
A passagem segura para esta ajuda humanitária foi possível através de um sistema de notificação humanitária com a Ucrânia e a Federação Russa, facilitado pelo Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.
Contudo, o coordenador frisou que essa ajuda “claramente não é suficiente” e que é necessário alcançar as pessoas mais vulneráveis em toda a Ucrânia.
Osnat Lubrani recordou que no mês passado, as Nações Unidas e parceiros humanitários envolveram-se em contactos repetidos para conseguir acesso a Mariupol, Kherson e outras cidades cercadas.
“Para que isso seja bem-sucedido, precisamos que todas as partes concordem com os termos exatos das pausas humanitárias — incluindo a rota, a hora de início e a duração — para a entrega segura de assistência e a evacuação de civis”, explicou.
“Infelizmente, esses esforços ainda não foram bem-sucedidos, pois fomos informados repetidamente de que a segurança das caravanas de ajuda e civis não poderia ser garantida“, lamentou Lubrani.