O treinador Petit lamentou esta sexta-feira ausências inesperadas na estratégia do Boavista para o encontro em Famalicão, no sábado, da 28.ª jornada da I Liga, sem revelar os futebolistas em causa, após duas semanas de paragem da prova.

“Se fosse hoje o jogo, tínhamos algumas ausências. O Reggie Cannon ainda não está connosco, há indisponíveis em termos disciplinares e também alguns lesionados. Às vezes, estas pausas são boas para recuperar alguns jogadores, mas aconteceu-nos o contrário. Ainda assim, estamos preparados para um jogo difícil e contra um adversário bom. Quem entrar dará boa resposta”, referiu o técnico, em conferência de imprensa.

O iraniano Alireza Beiranvand e o congolês Gaius Makouta já voltaram das respetivas seleções nacionais, ao contrário de Reggie Cannon, que falhou os últimos jogos dos Estados Unidos na qualificação para o Mundial2022, devido à infeção pelo coronavírus.

“Estas pausas podem ser positivas ou negativas. Gostamos de ter sempre bastantes soluções, para que o treino seja competitivo e possamos dar rotinas às nossas ideias. Trabalhámos sempre com um plantel curto nestes 15 dias e chamámos jogadores da formação, mas temos de nos adaptar à realidade do futebol. Os treinadores são pagos para arranjar soluções e dar continuidade ao crescimento dos jogadores“, observou.

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Os castigos do equatoriano Jackson Porozo e do espanhol Javi García aumentam as “baixas” do Boavista na defesa, que também já estava desfalcada do francês Yanis Hamache, por lesão, mas Petit promete “um “onze” que não foge muito à ideia de jogo”.

“Não é uma defesa inventada, porque os jogadores já trabalham connosco há algum tempo e, sempre que comunico um defesa-central, falo alto para que o plantel todo possa ouvir. Assim, quem for adaptado a essa posição poderá minimamente cumprir”, ilustrou o técnico, ainda incerto em relação à hora de regresso do lateral-direito Reggie Cannon.

Os “axadrezados” vêm de dois empates e uma derrota para o campeonato e ficaram em “branco” no empate com o lanterna-vermelha Belenenses SAD (0-0) e na derrota caseira ante o “vizinho” FC Porto (0-1), levando sete pontos de avanço sobre a zona de descida.

“Tenho essa experiência [de lutar pela manutenção] ao longo da carreira como treinador, mas importa mais olhar para aquilo que temos de fazer e nunca para os outros. Estamos atentos à tabela classificativa, mas o nosso foco é jogo a jogo e trabalhar para lutar pelos três pontos. Se não fizermos o nosso trabalho, ninguém o vai fazer por nós”, advertiu.

Falando num Famalicão com “jogadores de qualidade, um coletivo forte e a atuar numa estrutura parecida” à do Boavista, Petit pediu continuidade numa resposta “axadrezada” “competitiva, com intensidade e processos simples para chegar muito rápido à baliza”.

“Desde que [Rui Pedro Silva, treinador do Famalicão] chegou, começou com um sistema diferente do que tem agora. Há dinâmicas distintas e o plantel foi reforçado em janeiro. Sabemos onde é que podemos ferir o adversário e que dificuldades é que nos pode criar. Respeitando-o sempre, vamos com a mesma ambição e vontade de sempre”, concluiu.

O Boavista, 13.º classificado, com 27 pontos, defronta o Famalicão, 12.º, com 28, no sábado, às 20h30, no Estádio Municipal de Famalicão, em encontro da 28.ª jornada da I Liga, com arbitragem de Rui Costa, da Associação de Futebol do Porto.