O deputado britânico Imran Ahmad Khan foi considerado culpado de ter assediado sexualmente um jovem de 15 anos numa festa em Staffordshire, em Inglaterra. Se a sentença, que ainda não foi conhecida, for superior a 12 meses de prisão, Khan será imediatamente retirado do cargo que ocupa no Parlamento britânico.
O caso remonta a 2008, quando Khan obrigou um jovem de 15 anos a beber um gin tónico durante uma festa numa casa privada antes de o arrastar para um quarto, onde lhe pediu para ver pornografia com ele. Segundo a imprensa britânica, o jovem, atualmente com 29 anos, contou no tribunal que se sentiu “assustado, vulnerável, paralisado, chocado e surpreendido” quando o deputado por Wakefield em West Yorkshire lhe tocou nos pés e pernas. A vítima revelou ter tentado afastar a mão de Khan, mas o membro do Partido Conservador continuou a insistir.
UK MP Imran Ahmad Khan guilty of sexually assaulting 15-year-old boy at party in 2008 https://t.co/FvJpH5HWKh
— BBC Breaking News (@BBCBreaking) April 11, 2022
Imran Ahmad Khan negou as acusações, afirmando que apenas tocou no”cotovelo” do adolescente, que ficou “extremamente chateado” depois de uma conversa sobre a sua então confusa orientação sexual. De acordo com a versão do deputado conservador, assumidamente homossexual, Khan tentou ser “simpático” e “útil”, mas o jovem ficou irritado quando surgiu o tópico da pornografia.
O jovem contou o que aconteceu aos pais e a polícia foi chamada. Contudo, o caso não avançou porque a vítima decidiu que não queria apresentar uma queixa formal. Mudou de posição quando Khan se candidatou às eleições gerais de 2019 e foi eleito para representar Wakefield no Parlamento. O jovem disse que não foi “levado muito a sério” quando contactou o gabinete de imprensa do Partido Conservador após as eleições, tendo decidido então apresentar uma queixa na polícia, refere a Sky News.
O julgamento durou uma semana e uma decisão foi tomada pelo Ministério Público esta segunda-feira depois de uma deliberação de cinco horas. A sentença será conhecida noutra data. Khan foi libertado sob fiança e aguardará a sentença em liberdade.
Reagindo à decisão, um porta-voz do Partido Trabalhista pediu a demissão “imediata” de Imran Ahmad Khan do cargo de deputado, para que uma eleição possa ser organizada e os habitantes de Wakefield “possam escolher o representante que merecem”, citou a BBC. Khan, que estava suspenso do Partido Conservador, foi expulso “com efeitos imediatos”, noticiou a Sky News.