O PSD/Açores acusou, esta quarta-feira, o líder do PS na região e anterior presidente do executivo açoriano, Vasco Cordeiro, de “desespero pela perda do poder”, afirmando que a governação socialista deixou um “legado de dívidas e pobreza” no arquipélago.
Em comunicado, a vice-presidente dos sociais-democratas açorianos Mónica Seidi considera que os “constantes ataques” de Vasco Cordeiro ao atual Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) “só revelam desespero pela perda do poder”.
“A governação de Vasco Cordeiro deixou um legado de dívidas, pobreza e obras inacabadas. O PS deixou dívidas na administração e empresas públicas — entre 2012 e 2020 nem a iluminação pública pagaram”, lê-se na nota de imprensa.
Esta quarta-feira, o líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, assinalou, na apresentação da sua recandidatura, que a “geringonça” nacional, socialista, funcionou, e que a dos Açores, de direita, está a “agravar” a situação social e económica do arquipélago.
Na nota, o PSD/Açores refere ainda que os socialistas “continuam a ser incapazes de perceber os motivos pelos quais perderam a confiança de uma larga maioria dos açorianos” nas eleições regionais de 2020, em que o PS ficou em primeiro, mas perdeu a maioria absoluta que detinha há 20 anos.
“O partido que, ao fim de 24 anos, deixou um legado de dívidas, pobreza e obras inacabadas nos Açores, mantém as mesmas caras, com os mesmos tiques e truques de sempre. O deputado Vasco Cordeiro mantém a arrogância da maioria absoluta, a que junta agora o desespero pela perda do poder”, afirma a vice-presidente do do PSD/Açores, citada no comunicado.
Para os sociais-democratas açorianos, a “sofreguidão para voltar ao poder” por parte do PS “é tão grande que Vasco Cordeiro até deixou, esta semana, a ameaça velada de levar às instâncias europeias a recente decisão do Governo Regional de baixar o preço dos combustíveis”.
José Manuel Bolieiro tomou posse como presidente do Governo dos Açores em novembro de 2020, terminando com um ciclo de 24 anos de governação do PS na região, 20 dos quais em maioria absoluta: de 1996 a 2012 sob a liderança de Carlos César e de 2012 a 2020 com Vasco Cordeiro na chefia do executivo.
O Governo dos Açores é suportado no parlamento pelos partidos que integram o executivo (PSD, CDS-PP e PPM), pela Iniciativa Liberal, pelo Chega e deputado independente.