Há mais um professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) acusado de assédio sexual. De acordo com a CNN Portugal, o docente de Filosofia de Direito João de Freitas Mendes, que está em início de carreira, tentava contactar as alunas através das redes sociais, convidando-as depois para encontros. Quando deixavam de responder ou negavam as suas investidas, o professor insultava as próprias estudantes.

Segundo o testemunho de uma das vítimas, que preferiu manter-se no anonimato, o professor entrava nos grupos de conversas das turmas que lecionava. Quando ganhava confiança, o docente convidava algumas estudantes para “beber café” ou “beber uma cerveja”. Se não houvesse resposta ou caso a mesma fosse negativa, João de Freitas Mendes passava a humilhar as alunas, chamando-lhes “prepotentes e arrogantes”.

Apesar desta conduta, o professor mostrava um comportamento “simpático”, dizendo-se “apoiante de todas as causas”. Aliás, três depois da abertura da plataforma para a denúncia de casos de assédio sexual dentro da faculdade, o docente participou numa manifestação ao lado das alunas. “É o meu dever como cidadão, porque acho que a causa deles é justa”, explicou na altura entrevistado pela CNN Portugal por coincidência.

A aluna que deu o seu testemunho ao referido canal televisivo afirmou que não “tem palavras para descrever” este comportamento do docente, assumindo-se “constrangida”. “Ele ainda parece que, de facto, se preocupa, só que depois rapidamente começam os problemas.”

Segundo o mesmo órgão, foram registadas mais de 70 queixas na primeira semana em que ficou disponível a plataforma para as denúncias anónimas de casos de assédio sexual na FDUL. 

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