Miguel Almeida foi esta quinta-feira reconduzido, em assembleia-geral, como presidente da comissão executiva da Nos para o triénio 2022-2024, segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Miguel Almeida está à frente da empresa desde que foi implementada a fusão entre a Zon e a Optimus. Miguel Almeida já vinha da empresa da Sonae como líder executivo.

Integram ainda este órgão executivo da Nos, José Pedro Pereira da Costa (financeiro), Filipa Santos Carvalho, Daniel Beato, Jorge Santos Graça, Luís Moutinho do Nascimento e Manuel Ramalho Eanes.

De acordo com a informação remetida ao mercado, os acionistas aprovaram também a proposta da Zopt de nomear Ângelo Paupério como presidente do conselho de administração da empresa, que conta com 15 vogais. Do total dos 16 membros do conselho de administração — além dos elementos da comissão executiva (7) — fazem parte três representantes de Isabel dos Santos — cuja posição na Nos, através da Zopt, está congelada. Ana Rita Rodrigues, Catarina Eufémia Van-Dúnem e Cristina Marques têm ligações a empresas da empresária angolana. De resto há elementos ligados à Sonae, entre os quais a própria presidente do grupo Cláudia Azevedo.

Na mesa da assembleia geral ficam António Guedes (presidente) e Maria Passos (secretária). O conselho fiscal, por sua vez, integra José Pereira Alves (presidente), Patrícia Viana (vogal), Paulo Pinto (vogal) e Ana Luísa da Fonte (suplente). Como revisor oficial de contas efetivo foi eleita a Ernst & Young e como suplente Pedro Monteiro da Silva e Paiva.

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Já para a comissão de vencimentos foram nomeados José Corte-Real (presidente) e Mário Leite da Silva (vogal), este último que está também ligado a Isabel dos Santos. Aliás, Mário Leite da Silva chegou a ser administrador da própria Nos, mas saiu no seguimento do Luanda Leaks. Mais tarde colocou a empresa de Isabel dos Santos em tribunal, conforme revelou o Expresso.

Competente, duro e autoritário. O braço direito que está com Isabel dos Santos “para o bem e para o mal”

Nesta reunião, foi aprovado um aumento de capital de 850 milhões de euros, as contas da empresa e a proposta de aplicação de resultados, que prevê, entre outros pontos, o pagamento de um dividendo de 0,278 euros por ação.

Foi aprovado um “aumento do capital social no montante de 850.016.277,00 euros, por incorporação de prémio de emissão evidenciado nas contas de 2021 e que se mantém após a aplicação de resultados do exercício, mediante o aumento do valor nominal da totalidade das ações representativas do capital social, no valor de 1,65 euros”, diz em comunicado.

Os acionistas deram também ‘luz verde’ às contas da empresa e à proposta de aplicação de resultados, que prevê o pagamento de um dividendo de 0,278 euros por ação, no montante de 143.214.863,64 euros, e transferência para as reservas livres do quantitativo unitário correspondente às ações que, “no primeiro dia do período de pagamento […] pertencem à própria sociedade”.

A proposta contemplava o pagamento de 1.289.558,00 euros aos acionistas. Num outro comunicado, a Nos precisou que o dividendo estará a pagamento a partir de 9 de maio.