A cidade de Lisboa lidera o ranking do trabalho à distância, segundo uma investigação da agência imobiliária Savills, que é divulgada pela Bloomberg. O clima ensolarado e o baixo custo de vida atraem para a capital portuguesa os executivos que se tornaram nómadas digitais com a pandemia.

A velocidade da internet de banda larga também está entre os motivos que levam os trabalhadores remotos a procurar a cidade portuguesa, que atrai cada vez mais investidores imobiliários internacionais.

Lisboa oferece as vantagens de [os nómadas] viverem na cidade e de estarem na União Europeia”, disse Paul Tostevin, diretor de pesquisa mundial da Savills, à Bloomberg.

Atualmente, os estrangeiros estão dispostos a gastar mais do dobro do valor dado pelos portugueses para comprar uma casa em Lisboa, segundo revelam as Estatísticas de Preços da Habitação ao nível local do 4.º trimestre de 2021 do Instituto Nacional de Estatística (INE).

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Ricardo Garcia, diretor da Savills em Lisboa, disse à Bloomberg que não vê “Lisboa ou Portugal” a abrandarem o fluxo de trabalhadores remotos “tão cedo”, uma vez que a capital portuguesa se tem afirmado como um hub de tecnologia.

No ranking encontra-se também outra cidade portuguesa: o Algarve, em quarto lugar. Já popular entre os turistas, o clima do sul do país, as praias e os acessos fáceis ao resto da Europa estimulam os investidores estrangeiros a comprarem casas para utilizarem durante todo o ano — e não apenas no verão.

“As pessoas estão a tornar as suas casas de férias mais permanentes”, disse James Robinson, diretor de vendas da QP Savills, escritório da agência imobiliária no Algarve.

A Savills classificou os 15 principais mercados residenciais pela forma como têm sido atrativos para trabalhadores remotos a longo prazo. Logo a seguir a Lisboa está Miami. A cidade da Flórida ocupa do segundo lugar do ranking devido aos incentivos fiscais, a taxas de juro baixas e às políticas de trabalho remoto.

A fechar o pódio está o Dubai, que obteve uma pontuação elevada como os Barbados ou Barcelona (que ficaram em quinto e sexto lugar, respetivamente). Na lista da Savills não estão incluídas cidades asiáticas.