O envolvimento do príncipe André de Inglaterra num escândalo sexual de menores custou-lhe o título honorário concedido, em 1987, pela cidade inglesa de York. A decisão, anunciada esta quarta-feira, foi tomada por unanimidade pelos vereadores deste município do norte de Inglaterra.

André, tido como o filho preferido de Isabel II, foi forçado a retirar-se da vida pública depois de Virginia Giuffre o ter acusado de abusos sexuais há cerca de 20 anos, quando ela tinha 16, com a ajuda de Jeffrey Epstein, o magnata que se suicidou na cadeia em 2019. Há dois anos, quando as acusações contra Epstein foram tornadas públicas, o duque de Iorque questionou a autenticidade de uma fotografia que o mostrava juntamente com Virginia Giuffre e Ghislaine Maxwell.

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A advogada garantiu que o duque se envolveu sexualmente sem consentimento da sua parte, sabendo que a jovem era menor de idade. Virginia disse ainda ter sido “vítima de tráfico sexual”.

Após ambas as partes terem chegado a acordo em privado, o caso de abuso sexual de menores foi formalmente arquivado em definitivo, a 8 de março, pelo juiz de Nova Iorque Lewis Kaplan. O magistrado deliberou ainda cada uma das partes devia pagar os custos associados ao processo legal.

Arquivado o processo de abuso sexual de menores contra o príncipe André

A ocorreu depois de ter sido revelado, em vários meios de comunicação britânicos, um acordo entre o Duque de Iorque e Virginia Giuffre que chegara aos 12 milhões de libras (mais de 14 milhões de euros), com a ajuda da mãe, a rainha Isabel II.

Apesar de André sempre ter negado todas as acusações, o escândalo levou a que, em janeiro, a monarca britânica lhe retirasse os títulos militares. “Com a aprovação e acordo da Rainha, os títulos militares do duque de Iorque e a liderança das instituições de que era patrono foram devolvidos” à monarca, pode ler-se na nota então partilhada pela casa real britânica na rede social Twitter.