A criança que foi internada no Hospital de São João, no Porto, com sintomas “suspeitos” de hepatite aguda teve alta na quinta-feira à tarde, revelou esta sexta-feira fonte da unidade hospitalar.

Os resultados dos exames feitos à criança que esteve internada no Hospital de São João, no Porto, com “suspeitas” de hepatite aguda excluíram essa hipótese e revelaram a existência de três vírus, revelou esta sexta-feira este equipamento hospitalar.

Fonte do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) indicou à agência Lusa que “a criança testou positivo para três vírus, entre os quais o Influenza A, sendo que qualquer um deles pode ter sido a causa da patologia hepática aguda que foi diagnosticada”.

“Os resultados dos exames ao menino de 21 meses excluíram a hipótese do quadro de hepatite aguda que tem sido descrito. O menino encontra-se estável e a evoluir favoravelmente, estando o hospital a monitorizar e a prestar todos os cuidados necessários”, acrescentou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em causa está uma criança que foi internada neste hospital do Porto com “suspeitas” de hepatite aguda e recebeu alta na quinta-feira à tarde para aguardar os resultados dos exames em casa.

Na quinta-feira, o presidente do Conselho de Administração do CHUSJ confirmou que a criança estava a ser avaliada e que os resultados iriam ser conhecidos nos próximos dias.

Em declarações aos jornalistas, à margem do primeiro teste com veículos não tripulados realizado no hospital, o responsável afirmou que a criança estava “estável” e que a sua evolução clínica estava a ser acompanhada.

Apesar da suspeita de hepatite aguda, Fernando Araújo disse: “não se prevê que seja um caso confirmado nesse sentido”.

Na mesma ocasião, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, salientou que o Governo “olha com preocupação” para os cerca de 200 casos de hepatite aguda em crianças que têm surgido a nível mundial.

“São cerca de 200 casos a nível mundial, com 20 casos de transplante hepático. De facto, aquilo que devemos fazer neste momento é ter os colegas de medicina geral e familiar e pediatras em grande alerta, para poderem monitorizar, e as pessoas estarem sensibilizadas para alguns sintomas nestas crianças”, referiu o governante.

Também na quinta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou que criou uma task force de “acompanhamento e atualização” do surto mundial de hepatite aguda em crianças.

DGS cria “task force” para acompanhar surto mundial de hepatite aguda em crianças

A autoridade de saúde acrescentou que o caso suspeito em Portugal tem um diagnóstico de gripe A.

Esta task force terá como missão “o acompanhamento e atualização da situação internacional, a avaliação de risco a nível nacional e a elaboração de orientações técnicas para a deteção precoce de eventuais casos que venham a ser identificados no país”, referiu a DGS em comunicado.

No contexto do surto internacional de “hepatite de etiologia desconhecida”, a DGS constituiu uma task force em articulação com o Programa Nacional para as Hepatites Virais e com a Sociedade Portuguesa de Pediatria.

Como medidas contra este surto, a DGS recomenda a higienização das mãos e a etiqueta respiratória.