Meghan Markle está a sofrer as consequências da perda de assinantes da Netflix pela primeira vez em dez anos. A série de animação que a duquesa de Sussex idealizou, intitulada provisoriamente por “Pearl”, já não será produzida pela plataforma de streaming, avança a Deadline, que apelidou a decisão como um “indesejável royal flush“.

A série infantil não saiu imune aos cortes que a outrora dominante Netflix teve de fazer, em consequência da perda de assinantes e o recuo no valor das ações.

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“Mesmo antes dos acontecimentos recentes, a Netflix estava a informar os produtores para submeter alguns dos seus projetos em fase de desenvolvimento a outras plataformas. Claramente, os custos excessivamente elevados com o conteúdo da Netflix estão a ser reavaliados. Embora a Netflix tenha sentido a pressão para criar [cinematografia] original para reforçar o seu catálogo (…) há motivos [que explicam] a razão pela qual produzir tanto conteúdo nunca tenha sido feito antes. Não é razoável esperar que os chefes controlem tantos projetos e que muitos deles sejam memoráveis”, segundo o relatório, citado pela Deadline.

Anunciada em julho do ano passadoa série infantil iria acompanhar as aventuras de uma menina de 12 anos, que “aprende a assumir o seu próprio poder quando embarca nesta aventura heroica e encontra ao longo do caminho várias mulheres importantes da história”, nas palavras de Megan Casey, responsável pelas produções de animação da plataforma de streaming. Markle seria a produtora executiva ao lado de David Furnish (“Rocketman” e “Sherlock Gnomes”), Carolyn Soper (“Tangled”), Liz Garbus (“I’ll Be Gone in the Dark”) e Dan Cogan (“Icarus”).

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Assumindo-se “emocionada”, na altura em que a notícia veio a público, a duquesa de Sussex escreveu em comunicado, citado pela Hollywood Reporter: “Tal como muitas meninas na sua idade, a nossa heroína Pearl está numa jornada de autoconhecimento ao mesmo tempo que tenta lidar com uma série de desafios do dia a dia”.

Seria a primeira série de animação com o selo Archewell Productions, a aposta criativa dos duques de Sussex meses após oficializarem o Megxit. Foi em setembro passado que fundaram a empresa e assinaram um contrato de vários anos com a Netflix.

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Até agora, não há indicações que a produção da série documental “Heart of Invictus”, a primeira produção revelada e que incide sobre os “Invictus Games” — a  prova desportiva criada pelo príncipe em 2014, na qual competem ex-elementos das forças armadas com limitações motoras, sobreviventes de lesões ou doenças graves e que decorreram no último mês, em Haia (Holanda) – seja afetada.

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Um representante da Netflix disse ao Insider que a plataforma quer colaborar com a Archewell Productions noutros projetos futuros. Por enquanto, a empresa dos duques não prestou declarações sobre a situação, deixando em aberto o futuro da série de animação “Pearl”.

A plataforma de streaming também decidiu parar de trabalhar em duas outras séries animadas, “Creche Dino” e “Boons and Curses”, segundo o The Hollywood Reporter.