O navio humanitário Sea Watch 4, que resgatou, no domingo, 88 migrantes de um barco insuflável no mar Mediterrâneo, tem neste momento a seu cargo 145 pessoas e espera um porto para desembarcar, informou esta segunda-feira a organização nas redes sociais.
“Agora levamos a bordo 145 pessoas, que sem assistência se teriam afogado ou teriam sido retornadas à Líbia ilegalmente” acrescentou a organização não-governamental (ONG) que se dedica ao resgate de migrantes no Mediterrâneo.
A embarcação humanitária da ONG já tinha realizado um primeiro resgate de 57 migrantes na passada quinta-feira.
No Mediterrâneo central, navega também o navio Sea Eye 4, da ONG alemã, que resgatou 34 migrantes após quatro dias no mar.
ONG Sea Eye resgata 34 migrantes que estavam no mar há quatro dias
A Alarm Phone, uma organização que auxilia os pedidos de ajuda de barcos de migrantes na área, disse ter alertado os países da União Europeia para a situação sem obter qualquer resposta das autoridades.
De acordo com o comunicado do Sea Eye, as autoridades alemãs entraram em contacto com o chefe da missão na manhã de sábado para procurar soluções para a difícil situação e o navio da ONG partiu para a zona.
Vários navios de carga também chegaram ao local, incluindo o Bsg Bahamas, pertencente a uma empresa sediada em Hamburgo, e no domingo conseguiram finalmente transferir para bordo os 34 migrantes que estavam no mar há quatro noites.
Posteriormente, o Sea Eye 4, em acordo com o Bsg Bahamas, decidiu transferi-los para o navio humanitário.
Como é já prática dos últimos anos, a Itália é o único país que acode os migrantes resgatados pelos navios humanitários, pressupondo que a autorização para desembarcar num porto da Sicília chegará nos próximos dias.
Segundo os dados atualizados, desde o início do ano chegaram 11.521 migrantes às costas italianas, um valor que, no ano passado, ficava pelos 10.724.