Cem pessoas recorreram à APAV em 2021 na sequência de 56 crimes de homicídio, um apoio que já chegou a 823 pessoas desde que foi criada a rede para familiares e Amigos de vítimas de homicídio em 2013.
De acordo com os dados mais recentes da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), divulgados esta terça-feira, no ano passado 100 pessoas tiveram a ajuda da Rede de Apoio a Familiares e Amigos/as de Vítimas de Homicídio e de Terrorismo (RAFAVHT), entre 31 por casos de homicídios na forma tentada e 69 relacionadas com casos de homicídio consumado.
Por outro lado, durante 2021 foram feitos 701 atendimentos para apoio já que o trabalho da rede é de continuidade e no ano passado continuaram a ser ajudados casos que transitaram de outros anos.
No total dos nove anos, a APAV acompanhou 823 pessoas, entre 357 por homicídios na forma tentada e outros 466 por homicídios consumados.
“A maioria dos utentes que beneficiou, em 2021, do apoio prestado pela RAFAVHT é do sexo feminino, num total de 59 utentes. Relativamente aos utentes do sexo masculino, a RAFAVHT apoiou 41 utentes“, lê-se no relatório.
No que diz respeito ao homicídio consumado, foram apoiados 44 utentes do sexo feminino e 25 utentes do sexo masculino, enquanto por causa dos homicídios na forma tentada o apoio estendeu-se a 15 utentes do sexo feminino e 16 utentes do sexo masculino.
“Quanto aos utentes que beneficiam do apoio da RAFAVHT na sequência de homicídio consumado, verifica-se que na maioria das situações, o apoio é maioritariamente dirigido aos (39,1%) das vítimas de homicídio, mas também, de forma expressiva, a pais (14,5%) e outros familiares (29%) revelando assim que o apoio foi, maioritariamente, prestado a familiares diretos das vítimas de homicídio”, refere a APAV.
Em 2014, a APAV criou o Observatório de Imprensa de Crimes de Homicídio em Portugal e de Portugueses Mortos no estrangeiro, que, no ano passado, registou 84 crimes de homicídios consumados, a maior parte (24) em Lisboa, seguindo-se o Porto (11).