A associação Vizinhos de Arroios manifestou-se, esta quinta-feira, preocupada com a segurança nesta freguesia de Lisboa, que tem sido “fustigada com assaltos constantes”, pedindo à câmara municipal que proceda às alterações necessárias ao regulamento dos guardas-noturnos.

“A freguesia de Arroios tem sido fustigada com assaltos constantes a habitações, a veículos, a estabelecimentos comerciais, e isto não pode ser, portanto, a câmara municipal deve tratar deste regulamento dos guardas-noturnos o quanto antes e deve abrir concurso para os guardas-noturnos”, afirmou o coordenador da associação Vizinhos de Arroios, Luís Castro, numa intervenção na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa.

Luís Castro começou por chamar à atenção para a ideia de se “interpelar à cidadania para fechar os olhos e pensar numa cidade virtual”, sugerindo ao executivo camarário e aos deputados municipais que “abram a pestana, porque é preciso estar de olhos abertos relativamente àquilo que andam a fazer em matéria de mobilidade na cidade”.

“Gostaria de exigir que a Câmara Municipal de Lisboa se preocupe com outras questões que vão para além da ciclovia da Almirante Reis”, declarou o representante da associação Vizinhos de Arroios, referindo que é necessário resolver o problema das escadas rolantes que “não existem” nas estações do Metropolitano, situação que afeta sobretudo as pessoas com mobilidade reduzida.

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Relativamente à segurança em Arroios, Luís Castro lembrou a petição lançada em 2018, dirigida à Assembleia da República, para evitar o fecho da esquadra nesta freguesia lisboeta, mas que acabou por ser encerrada, alertando que existe hoje “um aumento da criminalidade” neste território.

Neste âmbito, a associação Vizinhos de Arroios vai iniciar uma nova petição para que a Câmara de Lisboa realize “todas as diligências” para proceder às alterações necessárias ao regulamento dos guardas-noturnos e para abrir concursos para a admissão de mais profissionais nesta área, considerando que tal contribui para a solução em matéria de segurança.

“É importante não esquecer o problema dos sem-abrigo […] Arroios tem uma comunidade enorme de sem-abrigo”, apontou ainda o responsável, referindo estar “muito triste” com a indisponibilidade da vereadora dos Direitos Sociais, Laurinda Alves, para reunir com a associação, depois de vários contactos com o gabinete da autarca, o que considerou que “é inaceitável”.

O coordenador da associação Vizinhos de Arroios abordou também o problema com animais nesta freguesia de Lisboa, em que há “uma colónia de cerca de 40 gatos” nos terrenos da Portugália, que estão a ser cuidados há mais de 20 anos por uma moradora, que no anterior executivo da junta tinha apoio financeiro para a alimentação dos felinos e agora “não há dinheiro para nada”.