O Governo norte-americano mostrou-se, esta quinta-feira, “muito preocupado” com os planos do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de ampliar a zona de segurança turca no norte da Síria, o que implicaria o lançamento de uma ofensiva.

Questionado sobre o assunto, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, expressou em conferência de imprensa a preocupação do seu país com o anúncio turco de que procuram “aumentar a atividade militar no norte da Síria”, sobretudo pelo perigo que pode representar para a segurança dos civis.

Kirby alertou que Washington também está preocupado com “o impacto” que a ofensiva turca possa ter nas operações contra o grupo terrorista Estado Islâmico realizadas pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança armada liderada pelos curdos e apoiada pelos Estados Unidos.

Na segunda-feira, Erdogan informou que “em breve” retomará o “trabalho” para estabelecer uma zona de segurança de 30 quilómetros ao longo de sua fronteira sul, onde em 2019 lançou uma ofensiva para tomar território principalmente de sírios curdos.

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“Essas operações começarão assim que as nossas unidades militares, de inteligência e segurança concluírem os seus preparativos”, disse o líder turco.

O anúncio foi interpretado como uma peça de negociação para permitir a entrada da Suécia e da Finlândia na NATO, que Ancara condicionou a “passos” não especificados, considerando que ambos os países nórdicos protegem as Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em inglês), núcleo das FDS e que a Turquia considera “terroristas”.

Por outro lado, Kirby não conseguiu confirmar a informação divulgada pelo meio turco OdaTv de que o líder do Estado Islâmico, Abu al Hasan al Qurashi, teria sido preso em Istambul.

Segundo aquele meio de comunicação, a prisão foi realizada na semana passada numa operação internacional que havia sido preparada secretamente e durante a prisão foram recuperadas informações relevantes sobre o grupo terrorista.

A OdaTv antecipou que Erdogan anunciará a prisão nos próximos dias e dará detalhes a respeito.

Kirby observou que os Estados Unidos estão a analisar essas informações e que ainda não estão em posição de confirmá-las.