A secretária-geral da CGTP disse este sábado que já nota os efeitos da maioria absoluta do Governo, assegurando que a central sindical vai intensificar a luta e que não exclui a possibilidade de uma greve geral com a UGT.

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Isabel Camarinha afirmou este sábado que a CGTP “é contra as maiorias absolutas”, porque quem as tem, “tendencialmente, não quer ouvir os trabalhadores”, considerando que com o atual Governo socialista, liderado por António Costa, já se sente isso.

Assim, prometeu insistir no diálogo, mas, ao mesmo tempo, assegurou que a CGTP “vai intensificar a luta” e não exclui a possibilidade de uma greve geral com a UGT.

Referindo que a CGTP negoceia com o Governo, Isabel Camarinha salientou, contudo, que o executivo de António Costa não está a cumprir o direito à negociação, porque “apresenta as suas propostas e não faz cedências”.

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Isabel Camarinha adiantou também que já pediu uma reunião com o primeiro-ministro, mas ainda não obteve resposta.

Porém, se o encontro com António Costa se vier confirmar, disse que pretende apresentar ao primeiro-ministro as reivindicações da CGTP em relação ao aumento da inflação, que passam “por um aumento desde já do salário mínimo”.

Segundo a secretária-geral da CGTP, a proposta de uma subida para 800 euros em julho “já foi colocada em cima da mesa na concertação social, mas não houve resposta do governo”.

A líder da CGTP considerou também que seria vantajosa uma redução do IVA em alguns bens essenciais.

Já quanto a uma descida do IRC para as empresas que promova o aumento dos salários, Isabel Camarinha disse estar contra.