Foram vários os jogadores de futebol que revelaram e confessaram as dificuldades que tiveram quando regressaram à alta competição depois de terem estado infetados com Covid-19. Joshua Kimmich e Alphonso Davies, ambos do Bayern Munique, foram provavelmente o expoente disso mesmo, já que saíram das opções da equipa durante várias semanas por não estarem aptos. Agora, chegou a vez de Lionel Messi falar sobre a sua própria experiência.
Em entrevista à TyC Sports, o jogador do PSG explicou que teve os sintomas “de toda a gente” quando testou positivo, no passado mês de janeiro. “Muita tosse, dores de garganta e febre. Pegou-me forte e deixou sequelas. Fiquei com muitas sequelas e não pude treinar. Voltei e estive um mês e meio quase sem poder correr, afetou-me muito os pulmões. Não me assustei mas voltei antes do tempo e isso foi pior. Acelerei o processo de recuperação e acabei por sair prejudicado. Mas não aguentava mais, queria correr, queria treinar. Mas no final acabou por ser pior”, contou Messi, que interpreta este período como um dos motivos para o facto de ter demorado a adaptar-se ao futebol francês.
“Tive de habituar-me a uma maneira diferente de jogar, porque toda a minha vida joguei de uma certa forma. Chegar a um lugar onde não se joga de forma igual e onde se vê o futebol de maneira distinta, com colegas novos… Em Barcelona tinha os mesmos colegas há anos e eles conheciam-me quase de memória. Foi tudo novo para mim. Além disso, comecei o campeonato tarde porque cheguei tarde ao clube e depois tive uma lesão no joelho que me obrigou a parar algum tempo. Entre uma coisa e outra, não consegui arrancar. Não podia fazer três ou quatro jogos seguidos”, revelou o jogador argentino.
Na mesma entrevista, Messi reconheceu ainda que a eliminação da Liga dos Campeões, nos oitavos de final e contra o Real Madrid, foi “um golpe”. “Tínhamos uma esperança tremenda na competição. Foi um golpe, ainda para mais da maneira que foi. Vivi muitos anos de perto e sei o que é o Real Madrid. Sabia que poderia acontecer porque eles marcam golos do nada e mudam os jogos automaticamente. Também sabia que iam tentar estar por cima nos primeiros 20 minutos. Mas depois, se há uma jogada estranha ou um golo, tudo muda. Aconteceu connosco e com todas as outras equipas”, atirou, referindo-se às eliminatórias dos merengues contra o Chelsea e o Manchester City.