Mais de um quarto do mercado imobiliário do Dubai, avaliado em 533 mil milhões de dólares, está em nome de investidores estrangeiros. Esta é a principal conclusão de um estudo do Observatório Fiscal da União Europeia, feito com base em ficheiros disponibilizados pelo Center for Advanced Defense Studies (C4ADS), uma organização não-governamental norte-americana na área da segurança internacional.
Tendo em conta o aumento do escrutínio ao branqueamento de capitais e à evasão fiscal por parte da UE e dos EUA, expresso na partilha de informações por parte das autoridades tributárias mundiais sobre contas e rendimentos de cidadãos estrangeiros noutras jurisdições, têm crescido os receios de que os “evasores fiscais” estejam a aproveitar o facto de os bens imobiliários não estarem ainda sujeitos a esta partilha automática de informações, escreve o Observatório Fiscal da UE citado pelo Público.
Índia, Reino Unido, Paquistão, Arábia Saudita e Irão lideram a lista investimentos imobiliários feitos no paraíso fiscal do Dubai, revelou o estudo. Portugal surge apenas no 59.º lugar — o que não invalida que ali tenham sido detetados 819 imóveis, avaliados em 222 milhões de euros, pertença de 351 portugueses, com idade média de 48,4 anos.
De entre este total, detalha o jornal, 165 imóveis estão localizados na zona da marina do Dubai e outros 18 na famosa ilha artificial em forma de palmeira, Palm Jumeirah.