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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 105.º dia do conflito

Este artigo tem mais de 2 anos

Mais de mil militares ucranianos e mercenários estrangeiros foram transferidos para Moscovo. As forças ucranianas vão “provavelmente” ter de retirar-se de Severodonetsk.

Soldados russos em Mariupol
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A Rússia entregou a Kiev corpos de 210 soldados ucranianos

Anadolu Agency via Getty Images

A Rússia entregou a Kiev corpos de 210 soldados ucranianos

Anadolu Agency via Getty Images

A guerra entrou esta quarta-feira no 105.º dia. Durante as últimas horas, o Ministério da Defesa do Reino Unido revelou que a Rússia continua a tentar atacar Severodonetsk, mas a Ucrânia está a resistir.

Nas últimas 24 horas é “improvável” que “qualquer um dos lados tenha ganhado terreno significativo”. Ao contrário do que acontece em Severodonetsk, na região de Kherson, as forças ucranianas obtiveram recentemente algum sucesso através de contra-ataques, incluindo “a recuperação de uma posição na margem leste do rio Ingulets”.

O Presidente da Ucrânia relembrou os 10 anos desde o início do Euro2012, realizado na Polónia e na Ucrânia, e que contou com partidas em Kiev e Donbass, uma “cidade fantasma”. Tanto a Organização Mundial do Comércio como a Organização das Nações Unidas alertaram para a crise alimentar provocada pela guerra na Ucrânia, e que se poderá “prolongar por vários anos”. Também esta quarta-feira, em Braga, Marcelo Rebelo de Sousa não descartou uma visita à Polónia “antes do Verão”.

Saiba com mais detalhes o que aconteceu durante as últimas horas neste artigo ou no nosso liveblog, aqui.

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Jornalista confronta Lavrov: “Que outros bens roubou da Ucrânia”?

O que se passou durante as últimas horas desta quarta-feira?

  • Marcelo Rebelo de Sousa abordou a reunião em Braga com o Presidente da Polónia, Andrezej Duda, não descartando uma visita ao país da Europa de Leste “talvez antes do verão”.
  • O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, transmitiu às autoridades suecas o apoio de Portugal à adesão da Suécia à NATO e assegura ratificação rápida.
  • Esta quarta-feira, o Presidente Zelensky relembrou, no seu discurso diário, os exatos 10 anos desde o início do Euro2012, cujo jogo final foi disputado em Kiev, e que teve o estádio de Donetsk como uma das arenas escolhidas para as partidas de futebol.
  • Um jornalista ucraniano confrontou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, em Ancara: “Além dos cereais, que outros bens roubou da Ucrânia e a quem os vendeu?”
  • Os dois cidadãos britânicos a ser julgados num tribunal na autoproclamada República Popular de Donetsk poderão enfrentar pena de morte. Os crimes previstos são puníveis com pena de prisão de 15 a 20 anos, sujeitos a restrição de liberdade de um a dois anos — contudo, em circunstâncias agravantes ou em período de guerra, o crime pode ser punido com pena de morte e confisco de bens.
  • A Organização Mundial do Comércio e a Organização das Nações Unidas alertaram para a crise alimentar causada pela guerra na Ucrânia, e que se “poderá prolongar por vários anos”. África deverá ser a região do mundo mais afetada, ma vez que muitos dos países deste continente importam alimentos e fertilizantes do Mar Negro.
  • Um dos deputados do partido de Putin apresentou um projeto lei na câmara baixa do parlamento russo para anular a independência da Lituânia, argumentando que o país não pode pertencer à NATO.
  • A cidade de Severodonetsk, no Donbass (leste da Ucrânia), onde tem decorrido nos últimos dias uma dura batalha entre as forças russas e ucranianas, está “em grande parte” sob controlo de Moscovo. A informação foi avançada pelo governador da região de Luhansk.
  • Um residente ucraniano de Odessa acusado de fornecer informação às tropas russas foi condenado a oito anos de prisão. O homem terá fornecido informação relativa à localização de tanques, veículos militares e lança-rockets, assim como de pontos de controlo e unidades fronteiriças das Forças Armadas ucranianas.
  • Em Estrasburgo, Ursula von der Leyen declarou que o Ocidente “não pode tolerar” os bombardeamentos das tropas russas a instalações de armazenamento de cereais e o bloqueio dos portos da Ucrânia. Para a líder europeia, o Kremlin está a utilizar os alimentos como um “arsenal de terror”.
  • O conselheiro do autarca de Mariupol informou esta quarta-feira que a cidade estava com falta de medicamentos e médicos. As tropas russas estarão a “’persuadir’ reformados com mais de 80 anos a voltar ao serviço”.
  • A senadora norte-americana Jacky Rosen afirmou que os Estado Unidos da América deveriam enviar caças, drones e defesas aéreas para a Ucrânia, incluindo mísseis Stinger.
  • O presidente da Associação Ucraniana de Cereais rejeitou a sugestão do Ocidente para utilizar a Europa como rota alternativa de exportação de cereais, considerando esta hipótese “impossível”. Através desta rota, seria possível exportar apenas entre um e 1,5 milhões de toneladas de cereais por mês, muito abaixo dos seis a sete milhões mensais que o país exportava antes da invasão russa.
  • O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia criticou esta quarta-feira a afirmação de Lavrov sobre a desminagem ucraniana do Mar Negro para que fossem exportados os grãos de cereais. Oleg Nikolenko explicou que a limpeza das minas deixaria o país mais vulnerável a ataques marítimos.

O conselheiro do Presidente Zelensky, Mikhaïlo Podoliak, teceu esta quarta-feira criticas à antiga chanceler alemã, Angela Merkel.  O representante ucraniano explicou que, se Merkel “sempre soube que a Rússia planeava uma guerra, com o objetivo de destruir a União Europeia”, porque é que a líder alemã aprovou a construção do Nord Stream 2.

O que aconteceu durante o início da manhã desta quarta-feira?

  • Mais de mil militares ucranianos e mercenários estrangeiros, que se renderam em Mariupol, foram transferidos para Moscovo para uma investigação. Zelensky já tinha afirmado que mais de 2.500 defensores da Azovstal estavam a ser mantidos presos pelas forças russas. Kiev está a trabalhar para o regresso destes soldados.
  • A Rússia entregou a Kiev corpos de 210 soldados ucranianos que morreram a defender a cidade portuária de Mariupol das forças de Moscovo.
  • As forças ucranianas vão “provavelmente” ter de retirar-se de Severodonetsk, cidade no leste na Ucrânia “bombardeada 24 sobre 24 horas” pelas forças russas, disse o governador regional de Lugansk.
  • A Ucrânia vai lançar na próxima semana um “Livro dos Carrascos”, um sistema de documentação que vai reunir informação de evidências de crimes de guerra que Kiev diz terem sido cometidos pelas forças russas desde o início da guerra, revelou Zelensky.
  • O Presidente da Ucrânia abordou a preparação do país para “aquele que será o inverno mais difícil de todos os anos de independência”, com o armazenamento de carvão, gás e um aumento da produção de eletricidade. O líder ucraniano explicou que o país não exportará tanto gás como carvão, com todo a produção a ser direcionada para as necessidades internas do país.
  • As Forças Armadas da Ucrânia atualizaram o número de perdas da Rússia e revelam que 31.360 soldados russos morreram desde o início da guerra.
  • Para ajudar a Ucrânia, o Banco Mundial aprovou um financiamento adicional de 1,4 mil milhões de euros. O valor faz parte de um pacote de apoio de mais de quatro mil milhões que ajudará a pagar os salários do governo e dos funcionários públicos.

Banco Mundial aprova financiamento extra de 1,4 mil milhões de euros à Ucrânia

  • A China manifestou-se contra as “tentativas de terceiros” de “arrastar países para o conflito de potencias mundiais” e criticou as ameaças para “escolher um lado particular” no conflito ucraniano.
  • Angela Merkel não sente “qualquer culpa por não ter tentado o suficiente” prevenir o conflito na Ucrânia. Na primeira grande entrevista desde que abandonou o cargo de liderança, a antiga chanceler alemã explicou que tentou prevenir uma situação semelhante à que a Ucrânia vive atualmente e que não se sente culpada pelo sucedido, frisando não existir qualquer justificação para “o desrespeito brutal da Rússia para com a lei internacional“.

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