Era uma corrida 1.1 mas melhor pronúncio a menos de duas semanas do início do Tour era complicado: Rúben Guerreiro venceu esta terça-feira a quarta edição do Mont Ventoux Dénivelé Challenge, clássica francesa que terminou a cruzar a meta de forma isolada após duas passagens pelo mítico Mont Ventoux.
????????????Rubén Guerreiro (EF Education-EasyPost) gana el Mont Ventoux Dénivelé Challenge 2022 ???????? #MVDC #MVDC2022 #Ciclismo #Noticiclismo pic.twitter.com/f4tqps2tGk
— NotiCiclismo ???????? #GirodItalia (@Noticiclismo1) June 14, 2022
O corredor português de 27 anos foi o primeiro no final dos 154 quilómetros que tiveram início em Vaison-la-Romaine, terminando com o tempo de 4.32.35, com 53 segundos de avanço em relação a Esteban Chaves, colombiano que milita também na EF Education. Michael Stourer, da Groupama, fechou o pódio da prova a 1.28 minutos daquele que é conhecido como cowboy de Pegões – e que festejou como tal.
Bota Lume ! ???????????? A flying Ruben Guerreiro wins the 4th edition of @MontVentouxDC after finding his best ever climbing legs this month. ???? Esteban Chaves finishes 2nd for a historic 1-2 by EF which also bring them a lot of much needed UCI points. Impressive. #MVDC pic.twitter.com/BeujWlrtnb
— Mihai Simion (@faustocoppi60) June 14, 2022
“Quando acordei de manhã fiquei surpreendido. O Dauphiné é uma corrida tão dura, é difícil recuperar assim tão rápido. Vi que podia ter o meu dia e tentei comunicar isso à equipa. O Esteban também estava muito bem e controlámos a corrida. No início da subida, senti-me muito bem, ataquei, sempre com a confiança que podia manter aquele ritmo. O Esteban também estava atrás de mim, o que nos dava muita tranquilidade, e, por isso, fui subindo aqueles quilómetros todos, com muito sofrimento. O foco agora é o Tour. Vou para estágio de altitude para chegar ainda mais forte. O objetivo passa por ganhar etapas e é isto que vou tentar fazer no Tour, tentar ganhar uma etapa. Mas sempre com muito desejo de vitória e de tentar fazer o máximo possível”, comentou após o triunfo o corredor da EF Education à agência Lusa.
Rúben Guerreiro: o líder da montanha que aprendeu a pedalar numa “pasteleira velha”
De acordo com o Le Dauphiné, Guerreiro conseguiu a quarta subida mais rápida em Mont Ventoux desde o início do século, à frente de nomes de peso como Alberto Contador, Chris Froome ou Tadej Pogacar. De 2004 para cá, só mesmo o espanhol Miguel Ángel López conseguiu um tempo melhor.
Ruben Guerreiro produced almost 6 w/kg for 58:36 and won the Ventoux race. Extremely high level performance. One of the fastest Ventoux times ever in a road race. Guerreiro climbed 1:17min faster than Pog in TDF 2021. He beat also Froome, Armstrong&Co times
Data:@NaichacaCycling pic.twitter.com/iw6E6oL6UW— Cycling Graphs (@CyclingGraphs) June 14, 2022
Depois de uma passagem discreta na Volta aos EAU, onde se destacou na subida de Jebel Jais na quarta posição apenas atrás de Tadej Pogacar, Adam Yates e Aleksandr Vlasov, Rúben Guerreiro desistiu a meio da Tirreno-Adriático e foi 20.º da geral na Volta ao País Basco antes de fazer um sétimo lugar na Flèche Wallonne. Mais recentemente, o português deixou boas indicações no Criterium Dauphiné ganho por Primoz Roglic, acabando em nono na geral e quarto na etapa com chegada a Chastreix-Sancy.
With this alien performance, Ruben Guerreiro clearly became the 2nd best Portuguese climber of all-time after the mythical Candido Barbosa. #MVDC pic.twitter.com/erzZWK9cS2
— Mihai Simion (@faustocoppi60) June 14, 2022