O tribunal penal federal de Bellinzona deverá proferir a sentença a 8 de julho, no culminar de um processo em que os antigos dirigentes poderiam ser, teoricamente e perante um quadro de fraude simples, sentenciados até cinco anos de prisão.
O procurador Thomas Hildbrand rejeitou a possibilidade de pedir prisão efetiva para Michel Platini, de 66 anos, e para Joseph Blatter, de 86, mas pediu que a pena suspensa seja acompanhada de dois anos de liberdade condicional.
A procuradoria procurou anular a tese da existência de um contrato verbal entre Michel Platini e Joseph r, de uma consultadoria do primeiro, que levou o antigo presidente da FIFA a entregar ao francês dois milhões de francos suíços (1,8 milhões de euros).
Existe um acordo escrito, de agosto de 1999, que prevê a entrega de 300.000 francos suíços (287.000 euros) a Platini, mas os antigos dirigentes alegam que concordaram em mais 700.000 (669.000 euros) quando as finanças da FIFA o permitissem.
Platini, que viria a ser eleito presidente da UEFA em 2007, apresentou uma fatura no início de 2011, assinada por Joseph Blatter, no valor de 1,8 ME.
Nas conclusões, o procurador Hildbrand deixou claro que mesmo que a FIFA tivesse transferido um milhão de francos suíços para Platini em 1999, o argumento de falta de liquidez do organismo não poderia ser válido, quando as finanças da FIFA tinham mais de 21 milhões (20 milhões de euros) em 1999 e que as reservas chegaram aos 327 milhões (313 ME) em 2001.
O julgamento, que teve início na última quarta-feira, irá prosseguir até 22 de junho, em que ainda serão apresentados argumentos da parte da defesa.