O primeiro-ministro afirmou, esta sexta-feira, que mantém a confiança na ministra na Saúde e nas medidas anunciadas, considerou que “parte dos problemas” estará resolvida a partir de segunda-feira, mas admitiu que existem outros estruturais.
No final dos encontros com os partidos políticos, para preparação do próximo Conselho Europeu, António Costa foi questionado sobre os pedidos de demissão de Marta Temido feitos por alguns partidos da oposição.
“Com certeza, como sabe, é um clássico da oposição pedir a demissão de membros do Governo”, afirmou.
Confrontado com a opinião do deputado socialista Sérgio Sousa Pinto, que na CNN Portugal também defendeu a demissão de Marta Temido, Costa respondeu: “E então? Era o que faltava agora andar a seguir as opiniões do Sérgio Sousa Pinto”, disse.
Nós temos consciência de que o SNS tem problemas estruturais, que exigem respostas estruturais, que são exponenciados por semanas como esta, com acumulação de feriados e pontes”, disse.
O primeiro-ministro salientou que os últimos dois anos foram de “grande stress” para os profissionais de saúde devido à pandemia de Covid-19 e considerou natural que muitos tenham decidido “legitimamente” ter férias neste período. “Penso que parte dos problemas a partir de segunda estará normalizado”, disse.
Ainda assim, saudou as medidas anunciadas pela ministra da Saúde, designadamente a criação de equipas para reorganizar as redes de urgências.
“Temos de ter melhores condições de remuneração e atratividade das carreiras e uma gestão mais eficiente”, disse, salientando que uma das medidas previstas no Orçamento do Estado é precisamente “maior autonomia dos hospitais na contratação de profissionais”.