A atriz Maria Vieira afirmou nas redes sociais ter sido “alvo de perseguição, de discriminação e de cancelamento” por ser “conservadora, de direita e apoiante do Presidente [do Brasil] Jair Bolsonaro”, depois de ter sido afastada de uma nova telenovela da Globo.

Segundo contou a atriz, no início de mês de maio Maria Vieira foi contactada para integrar um projeto da televisão brasileira intitulado “A Travessia“, de autoria de Glória Perez e realizado por Mauro Mendonça Filho. Maria Vieira estaria já a trabalhar na obtenção do seu visto de trabalho quando, após contactar o realizador da telenovela, este lhe terá dito que “teria sido feita outra opção que também depende da decisão da empresa e que lamentava ter de ser ele a dar a notícia“.

Não sei quem, na Globo, decidiu impedir a minha contratação”, afirmou a atriz na rede social Facebook. “Não sei se a SIC, ao saber do interesse da emissora brasileira, tentou travar a mesma como já fez no passado, quando tentou impedir (sem sucesso) que eu, o Joaquim Monchique e a Carla Andrino fossemos contratados, ao mesmo tempo que impingia os seus próprios actores, que de resto foram recusados pelo Miguel Falabella, mas o que eu sei é que desta vez alguém ‘trabalhou’ nos bastidores para me impedir de integrar o elenco.”

Maria Veira considerou “legítimo” associar a sua exclusão da telenovela com as suas opções políticas. “Depois de eu ter sido instruída para iniciar o processo de contratação é legítimo depreender que o facto de eu ser uma actriz conservadora e de Direita e de ser apoiante do presidente Jair Bolsonaro e Deputada Municipal do Chega terá sido o único motivo pelo qual eu fui afastada do elenco daquela que seria a minha 4ª novela na TV Globo”, escreveu.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A primeira novaela da Globo que Maria Vieira integrou foi “Negócio da China”, em 2008. Seguiram-se “Sete Vidas”, em 2009, e “Aquele Beijo”, em 2013.

“Resolvi denunciar esta situação porque a perseguição e o cancelamento profissional que me são movidos se vêm adensando a cada dia que passa e também porque soube que a minha colega e amiga brasileira, a actriz Elizângela, que no caso foi escolhida pela própria Gloria Perez para fazer parte do elenco da mesma novela, terá sido coagida a tomar a ‘injeção’ contra a ‘covidagem’ para poder integrar o elenco“, continuou a atriz.

No passado dia 13 de junho, Maria Vieira teceu igualmente criticas à RTP, afirmando que o canal de comunicação português é “um poço sem fundo” e que “suga o dinheiro dos nossos impostos“. Para a atriz, a RTP “continua a servir de megafone ao Estado socialista, enquanto um número cada vez maior de ‘apresentadeiros’ do regime são sustentados a pão de ló em troca das loas que cantam ao governo e da propaganda que fazem ao globalismo, ao marxismo-cultural, à homossexualidade e à maldita Ideologia de Género“.

A atriz foi mandatária junto das comunidades portuguesas no mundo da candidatura presidencial de André Ventura, além de ser apoiante assumida de Jair Bolsonaro e do antigo Presidente dos EUA, Donald Trump.

A noite em que Maria Viera fez de Marylin Monroe, Ventura brincou no teclado e saiu ao som de ABBA

A atriz tem-se também posicionado contra as limitações impostas para combater a pandemia de Covid-19, além de ser apoiante do movimento anti-vacinas.