Esta quarta-feira, foi assinalado na Ucrânia o Dia de Luto e Memória das Vítimas da Guerra, que relembra o início da invasão da (então) União Soviética pelas tropas nazis, a 22 de junho de 1941 — uma operação que teve como nome de código “Operação Barbarossa” e que foi referida pelo líder ucraniano no seu habitual discurso diário.
“Atualmente, não há falta de provas em como a Rússia fez o mesmo a 24 de fevereiro que os nazis fizeram a 22 de junho“, defendeu Volodymyr Zelensky. Na altura, as tropas nazis mantiveram-se em território ocupado durante 1418 dias, um cenário que o Presidente da Ucrânia espera que não se repita. “A libertação da nossa terra e a vitória devem ser alcançadas mais rápido, muito mais rápido“, declarou.
O Presidente ucraniano, como se pode ler no discurso publicado no site da presidência ucraniana, continuou a sua “maratona de conversas por telefone” com vários líderes mundiais pelo segundo dia – estando uma terceira ronda de chamadas prevista para quinta-feira. O objetivo destas reuniões telefónicas, explicou Zelensky, é lutar por uma “decisão positiva na candidatura da Ucrânia“.
O líder falou também com o Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, tendo expressado o seu apoio em relação à situação na região russa de Kaliningrado, um dos temas de maior tensão do conflito neste momento.
Volodymyr Zelensky agradeceu aos Estados Unidos da América pelo auxílio na investigação de crimes de guerra. “Estou grato ao Sr. Eli Rosenbaum [judeu e natural de Dresden, na Alemanha, acabou acolhido pelos Estados Unidos em 1938, fugido do regime de Hitler] pela sua vontade de ajudar a restabelecer a justiça. É um daqueles investigadores norte-americanos que conseguem expor vários nazis”, finalizou.
Quem é Eli Rosenbaum, o “caçador de nazis” que vai investigar os crimes de guerra na Ucrânia?
Na região de Donbass, revelou o líder ucraniano, continuam os “ataques massivos de artilharia e aéreos“. O objetivo de Moscovo, aponta, é transformar cada cidade desta região num cenário idêntico ao de Mariupol.