Morreu o jornalista António Ribeiro Ferreira, com 73 anos, vítima de cancro, doença que combateu vários anos. Até há pouco tempo, altura em que se reformou, Ribeiro Ferreira foi redator principal do jornal i, tendo sido antes diretor do jornal (entre 2011 e 2012) onde também chegou a ser editor de Economia.
O velório será esta quinta-feira, dia 30, a partir das 17 horas, na Igreja de Santa Isabel. Missa no dia seguinte, às 9 horas, na mesma igreja e cremação às 13.30h no cemitério do Alto de São João.
Da sua longa carreira de jornalista constam passagens por vários jornais, entre as quais o Independente, quando este era dirigido por Paulo Portas, onde foi chefe de redação. Foi um dos locais mais marcantes da sua carreira profissional, onde ficou na lista dos membros históricos do antigo semanário. Foi de lá que saiu para diretor-adjunto do Diário de Notícias (entre 1996 e 2003), que na altura estava sob o comando de Mário Bettencourt Resendes.
Uma curta biografia da sua carreira profissional, no site do i, conta como também foi chefe de redação do Tempo, diretor do Notícias de Primeira Página, editor e chefe de redação do Liberal, editor do Diário de Lisboa. Também passou pelo Correio da Manhã, onde foi redator principal.
Era licenciado em engenharia, pelo Instituto Superior Técnico, que frequentou no início da década de 70, altura em que integrou a luta estudantil contra o fascismo. Imediatamente depois do 25 de abril de 74, António Pinto Basto Ribeiro Ferreira integrou o Movimento da Esquerda Socialista, fundado pouco depois da Revolução e onde também estavam o ex-presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, o antigo Presidente da República Jorge Sampaio, ou o antigo ministro socialista José António Vieira da Silva.
Ribeiro Ferreira chegou mesmo a concorrer como deputado à Assembleia Constituinte, ao lado de Vieira da Silva, Ferro Rodrigues ou Alberto Martins, com o MES a conseguir apenas 1% dos votos. Nas legislativas de 76 voltou a ser candidato pelo MES, novamente ao lado de nomes como os já citados.
A partir de 1981 foi ao jornalismo que dedicou a sua vida. Nas redações por onde passou, ARF foi sempre incansável na coordenação de equipas e a orientar o fecho de cada uma das edições. Era casado com a jornalista Constança Cunha e Sá. Teve três filhos de relacionamentos anteriores (um deles morreu adolescente), quatro netos e dois bisnetos.
Artigo atualizado a 28/06 com dados sobre o funeral de António Ribeiro Ferreira