O julgamento de Brittney Griner vai começar esta sexta-feira, mais de quatro meses depois da basquetebolista norte-americana ter sido detida na Rússia por posse de canábis. A atleta ficará sob custódia até que o julgamento termine, anunciou o seu advogado, Aleksandr Boikov, citado pelo New York Times.
Detida desde fevereiro, a basquetebolista soube durante uma audiência preliminar esta segunda-feira que assim vai continuar pelo menos durante mais seis meses, escreve o Los Angeles Times. O tribunal da cidade de Khimki, perto de Moscovo, marcou a data do julgamento, que o advogado de Brittney Griner acredita que demore até dois meses a ser concluído (dependendo da carga de trabalho do tribunal).
Aleksandr Boikov disse à imprensa internacional que a tricampeã da WNBA está bem e que não tem queixas sobre a forma como está a ser tratada no centro de detenção onde se encontra a aguardar julgamento.
Está quente em Moscovo, então ela sente isso também, especialmente enquanto é transportada para o tribunal”, notou em entrevista telefónica ao New York Times.
Brittney Griner, estrela do basquetebol dos EUA, foi detida em fevereiro no aeroporto de Sheremetyevo, perto de Moscovo, depois de autoridades russas terem garantido que encontraram vaporizadores que continham óleo de canábis na sua bagagem.
Em maio, os Estados Unidos da América declararam que a Rússia tinha detido de forma “ilegal” a atleta de 31 anos. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse que não é possível “chamar refém” à jogadora norte-americana, que agora pode ser condenada a uma pena de até 10 anos de prisão. Menos de 1% dos réus em casos criminais russos são absolvidos e, ao contrário dos EUA, as absolvições podem ser anuladas, refere o jornal The Guardian.
Porta-voz do Kremlin diz que jogadora de basquetebol americana não é “refém”. “Violou a lei russa”