No dia em que se despede da liderança do PSD, Rui Rio admite que cometeu erros, mas deixa de lado o arrependimento. “Naquilo que é estratégia, linha de rumo, naquilo que é verdadeiramente relevante, não me arrependo de nada“, disse o ainda líder social-democrata ao Público.

Não é pelo facto de o resultado das eleições legislativas de janeiro ter sido mau que vou dizer que mudava tudo para conseguir um resultado melhor”, acrescentou.

Afastando, mais uma vez, o arrependimento, Rio ainda considerou que “podia mudar a tática, agora a estratégia não mudava”. E justifica: “Não estou na vida pública focado no resultado. Eu vivo muito focado nas ideias e no que considero importante fazer, tentando captar as pessoas para essas ideias de molde a conseguir um bom resultado e não o contrário”.

Oposição interna deixa Montenegro sem desculpas para falhar

Reconhecendo que muitos consideram que devia ter “mais jogo de cintura”, Rio acha que teve “algum jogo de cintura” e que “podia ter tido mais um bocadinho aqui e acolá”, mas sem nunca perder a sua “maneira de ser” e as suas convicções.

Rio Rio faz esta sexta-feira o seu último discurso enquanto líder do PSD, pouco antes de passar o testemunho a Luís Montenegro, que assumirá o cargo no fim de semana, durante o congresso do partido. Olhando para trás, o social democrata reconheceu que “vivia mais tranquilo com a direita fortemente marcada pelo CDS do que pela Iniciativa Liberal e pelo Chega”.

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