As petrolíferas angolana Sonangol e italiana Eni assinaram esta quinta-feira um memorando para o início dos estudos que visam a construção de uma biorrefinaria nas instalações da refinaria de Luanda.

Segundo o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás angolano, Diamantino Azevedo, a escolha da refinaria de Luanda visa essencialmente aproveitar sinergias com o já existente, nomeadamente equipamentos, mão-de-obra qualificada, e poupança nos custos de investimento.

Na sua intervenção, na inauguração do complexo de produção de gasolina da refinaria de Luanda, Diamantino Azevedo sublinhou que uma biorrefinaria é considerada uma das tecnologias-chave para a descarbonização, que dará origem a uma cadeia de valor multissetorial, com a integração da agricultura e outras indústrias.

“Irá trazer investimentos na agricultura, porque será baseado na produção de rícino, que irá alimentar a biorrefinaria e como veem é mais um contributo do setor de hidrocarbonetos para a diversificação da economia”, afirmou o ministro em declarações à imprensa.

Sobre o memorando, o diretor-geral da Divisão de Recursos Naturais da Eni, Guido Brusco, destacou as iniciativas sustentáveis e ambientais do projeto, tais como a reabilitação do ciclo combinado, que será alimentado por hidrogénio e a energia elétrica agora produzida reciclando gás como uma redução líquida de emissões poluentes do dióxido de carbono.

“Por todas estas razões quero felicitar o Governo angolano, o conselho de administração da Sonangol e a refinaria de Luanda, os seus gestores e trabalhadores pela concessão e realização aqui neste local de um projeto de tão grande relevância estratégica para a economia nacional”, disse.

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