Tetsuya Yamagami é apontado como o homem que matou o antigo primeiro-ministro japonês. Estaria “insatisfeito” com Shinzo Abe e “queria matá-lo”, mas porquê? O suspeito de 41 anos acreditava que o antigo líder do Japão tinha ligações a um grupo religioso, que crê ser o culpado pela ruína financeira da sua mãe
“A minha mãe envolveu-se num grupo religioso e eu ressenti-me” terá dito o suspeito, segundo a imprensa japonesa, que cita fontes ligadas à investigação do homicídio de Shinzo Abe, revelou a agência Reuters. O nome da organização à qual Shinzo Abe estaria ligado não foi, até ao momento, revelado.
O principal suspeito da morte do antigo primeiro-ministro japonês foi descrito pelos vizinhos como sendo uma pessoa solitária. Uma mulher de 69 anos que morava no apartamento debaixo do do suspeito contou à agência Reuters que viu Tetsuya Yamagami três dias antes do homicídio, mas o suspeito ignorou-a. “Ele parecia nervoso (…) Era como se eu fosse invisível. Parecia que algo o estava a incomodar”, explicou.
Tetsuya Yamagami trabalhou na Força de Autodefesa Marítima do Japão, mas agora estaria desempregado. Suspeito de balear o antigo primeiro-ministro japonês, o homem teria na sua posse uma arma de fabrico caseiro enrolada com fita preta e com 40 centímetros de comprimento.
Segundo a agência Reuters, a polícia informou este sábado que o homem passou meses a planear o ataque e terá considerado utilizar uma bomba antes de optar pela utilização de uma arma. O suspeito já teria, anteriormente, fabricado de forma caseira mais armas utilizando tubos de aço e peças que comprava online.
Shinzo Abe, antigo primeiro-ministro japonês, morreu esta sexta-feira depois de ter sido baleado durante um comício do Partido Liberal Democrático (PLD) para as eleições parlamentares de 10 de julho. Tetsuya Yamagami é o principal suspeito do ataque.
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