Os transportes públicos coletivos urbanos tutelados pelo Governo continuam a recuperar passageiros, depois da descida acentuada devido à pandemia, com a procura a crescer 95% entre janeiro e junho face ao período homólogo de 2021, foi esta segunda-feira divulgado.

Os dados provisórios divulgados em comunicado pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) dizem respeito ao Metropolitano de Lisboa, ao Metro do Porto e à Soflusa/Transtejo.

Contudo, o MAAC ressalva que, “apesar deste acréscimo de passageiros, a procura por estes meios de transporte ainda está aquém da verificada no período homólogo de 2019, quando a operação das empresas ainda não tinha sido afetada pela pandemia da covid-19″, já que o número de passageiros verificado até junho de 2022 representa apenas 76% da procura registada no período homólogo de 2019.

“Analisando a procura mensal, regista-se uma tendência para a recuperação do uso da maioria destes meios de transporte entre janeiro e junho deste ano, pese embora os meses de abril e junho denotem o impacto das férias escolares”, aponta a nota.

De acordo com os dados disponibilizados pela tutela, o número de passageiros transportados entre janeiro e junho deste ano foi de 100.816 contra os 51.640 transportados durante o período homólogo de 2021, representando uma taxa de variação de 95%.

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Entre janeiro e junho de 2019 (período anterior à pandemia) tinham sido transportados 132.819 passageiros.

Segundo o Ministério, em 2019 o Metropolitano de Lisboa registou 89.372 passageiros, em 2020 50.630, em 2021 30.949 e até junho de 2022 62.672.

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Por seu lado, o Metro do Porto teve 34.026 (em 2019), 19.215 (2020), 16.431 (2021) e 30.536 (até junho de 2022), enquanto a Transtejo/Soflusa transportou 9.421 passageiros em 2019, 5.371 em 2020, 4.260 em 2021 e 7.609 até junho de 2022.

Entre 2019 e 2021, o MAAC mobilizou 662 milhões de euros para os transportes públicos, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra para manter a oferta durante o período de pandemia.

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No Orçamento do Estado para 2022 o PROTransP foi reforçado em 20 milhões de euros e ficaram inscritos 138,6 milhões de euros para o PART, aos quais podem acrescer mais 100 milhões de euros para assegurar os níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos por este programa, se for verificado “um cenário mais adverso dos efeitos da crise pandémica no sistema de mobilidade”.