Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, admite a possibilidade de deixar o cargo antes do fim do mandato, mas assegura que essa decisão não está, para já, em cima da mesa. Em declarações ao Observador, o autarca explica que a saída apenas acontecerá se surgir algum “projeto interessante”, tendo em conta que em 2025 ainda não estará em idade de reforma.
Depois de o site Cascais 24 ter noticiado que Carlos Carreiras poderá renunciar ao mandato em breve, o presidente da câmara esclarece que não é esse o intuito, assegurando que não há nenhum timing definido para que tal aconteça.
A justificação é repartida em dois pontos. Primeiro, Carlos Carreiras está no último mandato e considera que o PSD tem de começar a preparar as próximas eleições autárquicas por se tratar de um momento crítico, tendo em conta que há a necessidade de substituir o atual autarca. Desta forma, o social-democrata instou os colegas de partido a refletir e a organizar-se para essa fase.
Além disso, Carlos Carreiras recorda que no final do mandato ainda não terá idade para se reformar e que, como tal, deverá regressar ao setor privado, onde sempre trabalhou. “Se surgir uma oportunidade, pode ser que antecipe a saída”, admite ao Observador, argumentando que apenas pondera um “projeto interessante” para “reduzir o mandato”.
No plenário da concelhia de Cascais em que abordou o tema, Carlos Carreiras realçou ainda que Miguel Pinto Luz, vice-presidente da câmara e agora também vice-presidente da direção de Luís Montenegro, é o mais preparado para o substituir, caso venha a sair, ou suceder no caso de cumprir o mandato até ao fim. “É o mais natural, não há ninguém mais preparado do que ele e na oposição externa também não estou a ver ninguém tão competente do que ele e conhecedor do processo autárquico”, explicou.