Shakira rejeitou um acordo oferecido pela procuradoria espanhola no caso em que é acusada de fraude fiscal, no valor de 14,5 milhões de euros, estando cada mais perto de ser julgada, informou a sua equipa de relações públicas esta quarta-feira.
Segundo o jornal El País, a cantora colombiana garante que sempre cumpriu as suas obrigações fiscais, considerando o caso “uma violação total dos seus direitos” e acusando a Autoridade Tributária do país de ser “intransigente” e de recorrer a “meios indevidos para exercer pressão”.
Os seus advogados estavam envolvidos em conversas com o Ministério Público (MP) há várias semanas, mas as negociações não se concretizaram, uma vez que a artista não aceitou a proposta, considerando-a desproporcional e contrária aos seus interesses. “A cantora tem total confiança em sua inocência e não aceita um acordo”, explicou a sua equipa em comunicado, acrescentando que o processo criminal em curso é “um abuso dos seus direitos”.
Em janeiro de 2018, a autoridade tributária espanhola enviou uma denúncia ao MP por um alegado crime fiscal cometido por Shakira durante esse período. Mais tarde, a cantora de 45 anos foi acusada por não pagar os 14,5 milhões em impostos entres esses anos. O MP concluía assim que a artista fingiu que a sua residência era nas Bahamas para evitar ter de pagar impostos em Espanha. Já no verão de 2021, após três anos de investigação, um juiz concluiu que havia provas suficientes para que fosse a cantora colombiana julgamento por fraude fiscal.
Os advogados da cantora apresentaram um certificado de residência permanente nas Bahamas até 2015, mas o Ministério Público afirma que, desde o início do relacionamento com Gerard Piqué, Shakira passou mais tempo em Espanha do que fora do país.
A defesa decidiu interpor um recurso, referindo não existirem provas de que Shakira tenha passado “mais de 183 dias em Espanha” nesses anos, número estabelecido pela lei espanhola para que um cidadão seja considerado um residente fiscal, no entanto o pedido foi negado.
Apesar da cantora não ter conseguido que o caso fosse arquivado, ainda está em aberto a possibilidade de chegar a um acordo com o Ministério Público espanhol, sendo que os mais provável é que vá a julgamento e se sente no banco dos réus.
