O banco espanhol CaixaBank teve lucros de 1.573 milhões de euros no primeiro semestre, menos 62,4% do que no mesmo período do ano passado, quando os resultados tiveram o impacto extraordinário da fusão com o Bankia.

Comparando parâmetros homogéneos, os lucros no primeiro semestre cresceram 17,1% e se forem excluídos os efeitos da fusão com o Bankia, os ganhos aumentaram 23,1% entre janeiro e junho, em relação aos mesmos meses de 2021, segundo um comunicado divulgado hoje pelo CaixaBank, o dono do BPI em Portugal.

O presidente executivo (CEO) do grupo CaixaBank, Gonzalo Cortazar, considerou esta sexta-feira “muito positivo” o resultado do banco no primeiro semestre e destacou “o forte crescimento da atividade comercial”.

Num vídeo enviado aos jornalistas, Gonzalo Cortazar realçou o aumento da concessão de crédito nos primeiros seis meses do ano, com aumentos de 58% de novos empréstimos para habitação e de 57% no crédito a empresas. A concessão de crédito ao consumo aumentou também 21%.

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O CEO do CaixaBank sublinhou que o rácio de crédito malparado baixou para 3,2% no primeiro semestre e que este é o valor mais baixo desde final de 2008.

Gonzalo Cortazar referiu também que os ativos dos clientes aumentaram 20.000 milhões de euros neste período, apesar da “volatilidade dos mercados”.

Segundo os dados divulgados esta sexta-feira pela instituição, os ativos globais dos clientes ascendiam a 624.087 milhões de euros no final de junho, mais 0,7% do que há um ano, e os ativos sob gestão eram 145.324 milhões, menos 8%, “devido ao comportamento desfavorável dos mercados”.

No mesmo comunicado, o CaixaBank atribui também a melhoria dos resultados comparáveis no primeiro semestre à diminuição em 5,6% dos gastos correntes por causa das sinergias geradas com a fusão com o Bankia e à redução em 16,8% das dotações para insolvências.

O grupo diminuiu em 7,5% as despesas com pessoal com a saída voluntária de mais de 6.400 trabalhadores da instituição em Espanha.