Siga aqui o nosso liveblog da guerra na Ucrânia

O Supremo Tribunal da Rússia decretou na terça-feira o batalhão ucraniano Azov, cujos membros foram dos últimos defensores da cidade de Mariupol, como uma “organização terrorista”. O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já reagiu, denunciando a medida como “absurda”.

No seu discurso diário, o chefe de Estado ucraniano denunciou o início de uma “atividade propagandística” em Moscovo. “Subitamente decidiram caracterizar os Azov como terrorista, apesar de que, quando um estado terrorista o faz, é obviamente absurdo“, defendeu.

Para Zelensky, a Rússia começou a aperceber-se da “inevitabilidade” de vir a ser reconhecido como um Estado terrorista. Este é um pedido que o Chefe de Estado tem repetido por diversas vezes, apelando aos vários países, em particular aos Estados Unidos, que tomem uma posição.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A Rússia é definitivamente o número um entre os terroristas. E isso merece, definitivamente, consequências legais”, afirmou.

Sobre as negociações, Volodymyr Zelensky sublinha que se a Rússia quisesse realmente o fim da guerra “não acumularia as suas reservas no sul da Ucrânia e não criaria valas comuns de pessoas inocentes em território ucraniano”.

O batalhão Azov foi na terça-feira considerado como uma “organização terrorista”, declaração que implica a proibição das suas atividades e poderá levar os soldados que estão em mãos russas a serem julgados como terroristas. O grupo ficou conhecido pela resistência que demonstrou em Mariupol, onde esteve várias semanas cercado pelas tropas russas.

Supremo Tribunal russo decreta batalhão Azov “organização terrorista”

Neste momento já está a decorrer, à porta fechada, o julgamento dos prisioneiros de guerra ucranianos que alegadamente pertencem ao batalhão Azov. De acordo com a legislação russa, os líderes de uma organização terrorista podem ser condenados a penas entre 15 a 20 anos de prisão, e os elementos que integram os grupos incorrem a penas de prisão entre cinco a dez anos.