Olhando para todas as medalhas conseguidas por Fernando Pimenta ao longo da carreira, 2015 foi um ano de viragem total naquele que é um percurso com esse ponto comum da conquista de pódios nas grandes provas internacionais. Foi aí, em Racice, que chegou à última medalha em embarcações, com a prata em K4 500 nos Europeus. O canoísta nem sempre esteve de acordo com opções que lhe valeram por exemplo uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, mas foi nesse momento, na antecâmara do Rio-2016, que passou apenas a dedicar-se ao K1 1.000, que lhe valeria um bronze nos Jogos de Tóquio, e ao K1 5.000 (distância não olímpica). No entanto, os Mundiais de Halifax tinham mais objetivos.
“Alguns atletas só fazem uma ou duas competições, vão estar menos fatigados. Mas isso não é desculpa. Este ano é para sair da zona de conforto. Já demos um bom passo no feito de estar em quatro finais. Quatro finais já não é um feito para qualquer um, só isso já é fantástico. Vamos dar o nosso melhor para tentar conquistar os melhores resultados. Nem com o ouro me sinto satisfeito porque sou um desportista que quer sempre mais um pouco mas este é um ano de experiências”, destacara esta sexta-feira, após confirmar a presença nas quatro corridas decisivas de todas as distâncias em que estava inscrito em 2022.
“115 medalhas internacionais? É ir continuando a sonhar… Criar objetivos a curto, médio e longo prazo. E ir trabalhando, seguir o caminho com meu treinador, na nossa calma e ritmo. Sabendo que temos de trabalhar todos os dias para procurar a perfeição, que nunca vai existir”, acrescentou ainda à agência Lusa na véspera de conseguir mais dois pódios, este sábado, com um bronze no K1 500 que não costuma fazer e, uma hora depois, com todo esse desgaste acumulado, uma prata em K1 1.000 onde tentava defender o título mundial ganho no ano passado. Este domingo, continuavam essas mesmas experiências.
Os primeiros sinais tinham sido positivos no K2 500 misto, onde fazia dupla com Teresa Portela, sendo o segundo melhor tempo das eliminatórias de qualificação para a corrida decisiva só atrás dos australianos Alyssa Bull e Jackson Collins. Agora a concorrência aumentava mas nem por isso a medalha da ordem falhou, com a dupla nacional a conseguir a prata naquele que foi o quarto pódio de Portugal nesta edição de 2022 que pode ainda igualar os cinco conseguidos no ano passado em Copenhaga no K1 5.000.
Teresa Portela e Fernando Pimenta são vice-campeões do mundo em K2 misto 500 metros.
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(foto: FPCanoagem) pic.twitter.com/qyPGHwSDKH— Comité Olímpico de Portugal (COP) (@COPPORTUGAL) August 7, 2022
Num final de prova discutido ao limite, a vitória acabou por cair mesmo para os australianos Alyssa Bull e Jackson Collins com o tempo de 1.39,48, à frente dos portugueses Teresa Portela e Fernando Pimenta (1.39,79) e dos alemães Tobias Schultz e Caroline Arft (1.39,81). Pimenta vai ainda participar neste quinto e último dia dos Mundiais na final de K1 5.000, a última competição que se realiza em Halifax.
#Canoagem K2 500m Misto
????Alyssa Bull/Jackson Collins ????????AUS 1:39.48
????Teresa Portela/Fernando Pimenta ????????POR 1:39.79
????Tobias Schultz/Caroline Arft ????????GER 1:39.81#PodioMundiais2022
Prova não olímpica— Os Olímpicos (@osolimpicos) August 7, 2022