Uma de ouro no K1 1.000, uma de prata no K1 5.000, uma de bronze no K1 500. Apenas por uma vez, e numa edição dos Europeus, Fernando Pimenta tinha conseguido três medalhas na mesma organização de uma grande prova internacional (neste caso excluindo as Taças do Mundo). Agora, em Halifax, essa meta já estava alcançada entre duas pratas no K1 1.000 e no K2 500 misto com Teresa Portela e um bronze no K1 500 – as duas últimas numa estreia em termos de Mundiais. Mas havia ainda mais uma final.
Desta vez com alguma distância entre corridas decisivas em comparação com o que se passou este sábado, em que ganhou duas medalhas noutras tantas provas, Pimenta terminou a prova de K2 500 mistos perto das 13h30 e voltava a entrar na água às 16h30 para a competição mais de fundo que iria dar por concluídos os Campeonatos do Mundo organizados no Canadá. Nova medalha seria equivalente a mais um capítulo histórico com quatro numa só edição quando já tinha um total de 118 pódios em grandes provas.
O calendário nas próximas semanas não será fácil, com a realização dos Europeus de velocidade ainda neste mês e os Mundiais de maratonas que se realizam na sua cidade, Ponte de Lima, entre o final de setembro e o início de outubro. No entanto, e num ano descrito pelo próprio como “de experiências” como ficou bem patente nestes Campeonatos do Mundo, existia essa possibilidade de novo triunfo que acabou por não acontecer devido a um problema técnico no leme, detetado após a passagem pela portagem que levava a que os atletas levassem o caiaque à mão até ao outro lado para seguir a prova.
Fernando Pimenta já tinha admitido antes que não gostava de este tipo de formato com saída e reentrada na água e foi aí que terminou uma prova onde estava na liderança e com todas as condições para, no pior das hipóteses, ganhar a quarta medalha nestes Campeonatos do Mundo. A frustração do canoísta era bem evidente quando parou, foi ter com elementos da Seleção e percebeu o que tinha acontecido.
Um ciclo de ouro fechado com uma prata: Fernando Pimenta sagra-se vice-campeão mundial de K1 5.000
Assim, e depois de quatro edições consecutivas sempre no pódio em K1 5.000 (ouro em 2017 e 2018, bronze em 2019 e prata em 2021), Pimenta ficou arredado das medalhas que foram para o sueco Joakim Lindberg (21.34,26), para o alemão Tamas Grossmann (21.51,39) e para o espanhol Francisco Cubelos (21.54,46). Bálint Noé, húngaro que tentava revalidar o título, acabou em oitavo (22.56,68).