O incêndio que deflagrou no sábado no concelho da Covilhã e alastrou para Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira teve um aumento de meios nas últimas horas e era combatido, pelas 00h30 desta sexta-feira, por 1.685 operacionais apoiados por 517 meios terrestres, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Com início na madrugada de sábado nos concelhos da Covilhã (distrito de Castelo Branco) e de Manteigas, o fogo atingiu na tarde de quarta-feira também Gouveia e Guarda e passou esta quinta-feira, a meio da manhã, para o concelho de Celorico da Beira. Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Celorico da Beira, Carlos Ascensão, explicou que o fogo entrou no concelho através de um reacendimento que ocorreu esta quinta-feira, a meio da manhã. “Hoje um reacendimento com uma intensidade grande atingiu toda a parte da Carrapichana, sendo que a situação se tornou incontrolável pelo vento, chamas e falta de resposta”, disse. Vinte casas arderam na Quinta da Taberna, sendo que duas delas seriam habitadas e as restantes seriam devolutas e de segunda habitação.

Já o capotamento de uma viatura dos bombeiros de Loures na zona de Celorico da Beira, durante o combate ao incêndio, provocou três feridos graves e dois ligeiros. Segundo comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Miguel Cruz, o acidente ocorreu no concelho de Celorico da Beira, no distrito da Guarda, que era ao final da tarde “a zona mais complicada” do teatro de operações. “Vamos continuar a trabalhar para conjugar todas as oportunidades da noite e continuar a fazer um esforço para o mais cedo possível poder debelar o incêndio, tendo em linha de conta, sempre, a segurança dos profissionais e das populações”, salientou.

Na conferência de imprensa, o segundo comandante nacional da ANEPC relatou que a tarde “foi de muito trabalho” devido, sobretudo, à orografia e ao vento que “provocaram preocupações”. Para as operações durante a noite, Miguel Cruz disse que se esperava “alguma redução da intensidade do vento”, sendo expectável que haja “oportunidades para poder vir a controlar” o fogo.

Este era às 00h30 o único fogo ativo em Portugal continental que mobilizava um grande número de meios. No terreno, em incêndios em resolução ou extintos, encontravam-se 332 bombeiros, apoiados por 99 viaturas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR