O Ministério da Administração Interna (MAI) informou esta quinta-feira que foram identificadas no combate ao incêndio na Serra da Estrela situações que do ponto de vista operacional podem necessitar de ajustamentos e que já estão a ser avaliadas.

O MAI indica em comunicado que a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, se reuniu na quarta-feira e neste dia, por videoconferência, com os presidentes das Câmaras Municipais da Covilhã, de Gouveia, da Guarda e de Manteigas, para acompanhar o incêndio que começou no sábado em Garrocho, na Covilhã.

“Nos encontros de ontem [quarta-feira] e deste dia foram identificadas situações que, do ponto de vista operacional e dadas as características do incêndio, poderão necessitar de ajustamentos, e que estão já a ser objeto de avaliação”, refere o comunicado.

Nas reuniões estiveram presentes responsáveis da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) que explicaram as dificuldades identificadas ao nível da orografia da região, condições meteorológicas expectáveis e os meios empenhados.

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O Governo e a ANEPC voltam a reunir-se com os autarcas na sexta-feira às 09H00, adianta o comunicado.

Na nota, o Ministério refere que “a complexidade deste incêndio desencadeou uma mobilização de meios excecional“.

No comunicado, divulgado pelas 12h30, o Ministério referia a presença de mais de 1.500 operacionais, apoiados por 465 veículos, 14 meios aéreos e 16 máquinas de rasto.

O MAI indica ainda que “em função das regras previstas no Sistema de Gestão de Operações, e considerando o número de meios já envolvido, o comando da operação está a ser assegurado pelo 2.º Comandante Nacional da ANEPC, Miguel Cruz”.

Através da ANEPC, o Governo transmitiu aos autarcas e a todos os operacionais uma mensagem de apoio às operações de socorro, indica o comunicado.

Este fogo já destruiu cerca de 10.000 hectares, segundo o sistema europeu de observação da Terra Copernicus.

Incêndios. Cerca de 10.000 hectares já arderam na Serra da Estrela