Muito se falou da Alfa Romeo regressar aos superdesportivos, mas a incerteza em relação ao volume de vendas não incentivou os anteriores responsáveis da marca a avançar para um possível sucessor do 8C. Agora o novo CEO, Jean-Philippe Imparato, confirma que os italianos estarão a preparar, para sair já no início de 2023, um desportivo impressionante.
A informação foi transmitida à Autocar, a quem Imparato confessou que a Alfa Romeo vai ter “um modelo desportivo que será muito excitante, muito exclusivo e muito caro”. Esta afirmação faz crescer água na boca aos fãs da marca, apesar de não vir acompanhada de mais dados que permitam perceber a que tipo de modelo Imparato está a referir-se.
A imprensa italiana desdobrou-se em teorias, alimentadas pela facto de o CEO ter igualmente avançado que não revelaria “se o novo modelo recorrerá a mecânicas eléctricas ou a combustão”. Comprometeu-se depois com um modelo que tivesse uma influência vincadamente rétro, o que deixou os fãs a sonhar com um sucessor do 33 Stradale, um superdesportivo de 1967 com motor V8 central, de que apenas foram produzidas 18 unidades.
É possível que a Alfa Romeo comece por apresentar um protótipo, para ganhar tempo e criar apetência para o modelo, para depois surgir com a versão definitiva, que irá comercializar em pequenas quantidades. Nada disto faria sentido, especialmente em termos económicos, tratando-se de um superdesportivo com motor de combustão, uma vez que é impensável viabilizar um modelo deste tipo concebido de raiz. Já o mesmo não acontece se Imparato e a sua equipa estiverem a trabalhar num superdesportivo eléctrico, por exemplo com uma mecânica similar à que a Maserati instalou no Folgore, com dois motores a totalizar 1200 cv, alimentados por bateria.
A Alfa Romeo fala em apresentar o novo modelo no início de 2023, pelo que deduzimos que se está a referir ao protótipo, para um ano depois estar em condições de revelar a versão definitiva. Importa recordar que a Alfa Romeo afirmou pretender abandonar os motores de combustão na Europa, EUA e China em 2027, pelo que não fará muito sentido criar um modelo emblemático a gasolina, para o produzir apenas três anos. Mas indiscutível é o dinamismo que a Alfa Romeo adquiriu desde que foi criada a Stellantis, com Imparato a comandar os destinos do construtor transalpino.
