A quantidade de droga apreendida este ano pela Polícia Judiciária já supera os registos dos últimos 15 anos. Segundo o Diário de Notícias, foram apreendidas mais de 14 toneladas de cocaína nos primeiros oito meses do ano, o que representa, ainda assim, menos de metade da cocaína que as autoridades apreenderam só em 2006 (36 toneladas).

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Os casos mais comuns de apreensão de droga aconteceram por via marítima — em veleiros, que ainda não tinham terminado as respetivas viagens, e em contentores, que estavam já nos portos. Por exemplo, numa das operações das autoridades, no porto de Leixões, foram detidas seis pessoas, que tentavam trazer para Portugal cerca de uma tonelada de cocaína disfarçada em azulejos.

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Nestas situações, sublinha Artur Vaz, diretor da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, o grande objetivo é “a identificação e a detenção de grupos criminosos e a recuperação de ativos”.

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O comércio de cocaína na Europa disparou nos últimos anos e a Europol aponta vários motivos para esta tendência verificada, como “melhores preços da cocaína em comparação com os do mercado norte-americano, bem como menores riscos de interdição e apreensão”.

Já em relação a Portugal, Artur Vaz explica que o país “é, essencialmente, um ponto de passagem”. “Não é a principal porta de entrada, nem os grandes centros de decisão estão sediados no nosso país. Podem ter alguns intermediários ou apoios, como alguém que abra uma empresa apenas com a finalidade de fazer alguma importação da mercadoria onde a droga vem dissimulada”, acrescentou.