A presidente do Instituto do Emprego e de Formação Profissional (IEFP), Maria Adelaide Franco, ficará a frente do instituto até que seja substituída no cargo, do qual pediu demissão após a polémica sobre a acumulação do subsídio de desemprego com colaborações pontuais na mesma empresa que a despediu, e da qual é sócia.

De acordo com o Negócios, numa nota enviada aos parceiros sociais com assento no conselho de administração do IEFP, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, indica que Adelaide Franco continua em funções, a pedido do governante, “até que esteja finalizado o processo de nomeação do presidente do Conselho Diretivo do IEFP”. Miguel Fontes expressa reconhecimento “pela dedicação, profissionalismo, sentido de missão e de compromisso com o serviço público, que a Dra. Adelaide Franco sempre revelou durante o exercício das suas funções”.

A presidente demissionária do IEFP estava desde maio em regime de substituição, a aguardar concurso da Cresap, que entretanto já enviou ao Governo a lista com os três nomes finalistas para que o Executivo escolhesse quem nomear definitivamente para a presidência do conselho de administração.

Em julho, o Negócios noticiou que Adelaide Franco recebeu subsídio de desemprego entre maio de 2020 e outubro de 2021, depois de ter sido despedida da empresa Mindsetplus, da qual era sócia maioritária. Enquanto recebeu o subsídio, Adelaide Franco apareceu em eventos e assinou relatórios da empresa, mas diz que as atividades foram pontuais e não remuneradas.

Segundo o Público, a Segurança Social considera que Maria Adelaide Franco não podia ter acumulado o subsídio de desemprego com atividades relacionadas com a empresa que a despediu. A esse propósito, atualizou o guia disponível no site da Segurança Social sobre o assunto.

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