Umas horas antes do jogo, as redes sociais destacavam defesas de Vlachodimos frente ao Dínamo Kiev, não só no primeiro encontro deste playoff de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões mas também na fase de grupos da Champions da última temporada. Em três partidas, não tinha consentido qualquer golo. Agora, na quarta, nem uma defesa teve de fazer. Com o resultado fixado ainda apanhou um susto com uma tentativa do meio-campo mas o Benfica não só ganharia com nova grande exibição como mantinha o seu registo sem golos sofridos contra a equipa ucraniana na Luz. Em quatro duelos europeus na presente época, outras tantas vitórias e com 13 golos marcados, uma média superior a três golos por jogo.

O grande reforço da época é uma ideia de Roger Schmidt (a crónica do Benfica-Dínamo Kiev)

Os números frente a Midtjylland e Dínamo Kiev mostram bem o momento que a equipa vive e que fez com que chegasse pela 12.ª vez nos últimos 13 anos à fase de grupos da Liga milionária (a exceção foi em 2020, quando Jorge Jesus teve a pior estreia possível no regresso com uma derrota frente ao PAOK de Abel). Pela segunda temporada consecutiva Portugal está representado por três equipas na principal prova europeia mas, mais do que isso, na ótica dos encarnados, o conjunto da Luz começa a época com seis vitórias nos primeiros seis compromissos, algo que aconteceu apenas nove vezes na história do clube.

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“É claro que estou satisfeito, não só pelo que conseguimos mas sobretudo pela forma como o conseguimos. Somos uma grande equipa, que merece jogar na Liga dos Campeões. Os jogadores mostraram desde o primeiro segundo que queriam muito ganhar este jogo. É um grande alívio para todos. Agora vamos prepararmo-nos para jogarmos na Champions”, começou por comentar na Eleven Sports o técnico Roger Schmidt, que volta à competição seis anos depois para aquela que será a quarta presença de sempre na Liga milionária (“vingando” em parte a derrota do ano passado pelo PSV contra… o Benfica).

“Estamos ligados, há um grande espírito, os jogadores estão muito positivos e adoram jogar uns com os outros. Os que não jogam tanto também apoiam os companheiros de equipa. O ambiente é muito bom, não só no balneário, como no estádio. Houve uma grande atmosfera hoje. Sorteio? Estamos felizes por continuarmos na Champions, agora vamos esperar pelo sorteio, veremos. Exibição de Enzo Fernández? É um jogador-chave. É muito jovem mas mesmo assim tem um grande entendimento do jogo, é muito bom sem bola e faz uma grande leitura de todo o jogo”, acrescentou ainda o treinador germânico.

“O que disse aos jogadores? Disse que estou muito contente de estar na Champions, por ser importante para o presidente, que tem muita responsabilidade. Fiquei feliz por ele também, que trabalhou arduamente para este objetivo”, referiu mais tarde Schmidt à CNN Portugal, antes de falar do mercado.

“Gonçalo Ramos, contratações? Não é só dinheiro, as questões económicas são importantes, o encaixe é diferente, é importante para estabilizar o clube em termos financeiros. Temos mais duas semanas antes de entrar na prova, vamos ver o que acontecerá nos bastidores, contratações, sabemos que o clube ainda vai ao mercado”, salientou. Mais tarde, na conferência de imprensa, e perante a possibilidade de ter sido o último jogo de Ramos nos encarnados, a resposta foi curta: “Acho que não, não foi…”.