O construtor sueco Candela produz barcos a motor muito curiosos. Ao contrário das restantes embarcações com este tipo de propulsão, em vez de apostar num casco com formas que “furem” a água ou que tentem planar sobre ela a partir de determinada velocidade, o fabricante nórdico concebeu um novo sistema, em barcos a motor, para incrementar a velocidade e reduzir o consumo de combustível. Ou melhor, de energia. E esta é fornecida pelas baterias da Polestar, similares às que a marca utiliza no modelo 2.

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A solução passou pela instalação de hydrofoils, uns apêndices hidrodinâmicos que elevam por completo o casco da água, diminuindo o atrito e, com isso, incrementando a velocidade e baixando o consumo. A solução é conhecida há muito e tem vindo a crescer em popularidade, depois de começar a ser utilizada pelos veleiros da America’s Cup e, mais recentemente, por pranchas de surf eléctricas.

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A Candela desenvolveu barcos com sistemas integrados de hydrofoils controlados por computador, que usam as suas asas para elevar o casco da água e levá-lo a “voar” longe do mar e das ondas, obviamente dentro de certo limite. Com esta solução, a embarcação consome menos 80% de energia por comparação com as embarcações tradicionais com a mesma bitola, o que se traduz numa vantagem importante. Como se pode ver em baixo:

“Casar a eficiência do hydrofoil com baterias de alta capacidade fornecidas pela Polestar permitiu-nos avançar mais rapidamente para os barcos eléctricos”, explicou Gustav Hasselkog, da Candela. Com um foil atrás, associado ao motor, e dois à frente, o barco nórdico navega com maior conforto e uma relação velocidade/economia imbatível. E, ao que parece, esta parceria está para durar, uma vez que as duas empresas localizadas na Suécia estão já prontas a abraçar novos projectos em conjunto. Veja aqui o C7, uma outra versão do Candela “foil electric boat”, anterior ao novo C8: