A pianista portuguesa Maria João Pires fará cerca de 40 concertos até junho de 2023, a solo e com várias formações, como a Orquestra de Câmara da Basileia e a Orquestra Juvenil da Bahia, revelou a editora Deutsche Grammophon.

De acordo com a editora discográfica, Maria João Pires, 78 anos, vai atuar sobretudo na Europa, mas terá duas breves passagens pela Coreia do Sul, em 23 de novembro, e pelos Estados Unidos, com três datas em maio de 2023.

Entre este domingo e 03 de setembro, a pianista tem cinco concertos na Suíça, Polónia e Alemanha com a Orquestra de Câmara da Basileia (Suíça), sob a direção do maestro Trevor Pinnock, e nos quais interpretará o concerto para piano n.º 23 K.488, de Mozart.

Em setembro, Maria João Pires protagoniza outras cinco datas em França, Bélgica, Países Baixos, Reino Unido e Portugal, acompanhada pela Orquestra Neojiba, a orquestra juvenil da Bahia (Brasil), fundada e dirigida pelo maestro brasileiro Ricardo Castro.

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O concerto de Maria João Pires em Portugal está marcado para 22 de setembro, na nova temporada de música da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e está esgotado.

Até ao final deste ano, Maria João Pires tem concertos em Espanha, Mónaco, Alemanha e Países Baixos.

Em 2023, a pianista portuguesa conta atuar, por exemplo, na Philharmonie de Paris, no Auditório Nacional de Música de Madrid e no Teatro di San Carlo, em Nápoles (Itália).

Maria João Pires nasceu em Lisboa, em 23 de julho de 1944. É a mais internacional e reputada dos pianistas portugueses, com um percurso artístico que remonta a finais dos anos de 1940, quando se apresentou pela primeira vez em público, aos quatro anos.

Entre os prémios conquistados pelo talento artístico contam-se o primeiro prémio do concurso internacional Beethoven (1970), o prémio do Conselho Internacional da Música, pertencente à organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, 1970) e o Prémio Pessoa (1989).

Na década de 1970, o seu nome tornou-se recorrente nos programas das principais salas de concerto a nível mundial e nos catálogos das principais editoras de música clássica: a Denon, primeiro, para a qual gravou a premiada integral das Sonatas de Mozart (1974); a Erato, a seguir, nos anos de 1980, onde deixou Bach, Mozart e uma das mais celebradas interpretações das “Cenas Infantis”, de Schumann; e depois a Deutsche Grammophon, a partir de 1989.

Maria João Pires fundou ainda, em 1999, o Centro Belgais para o Estudo das Artes, em Escalos de Baixo, Castelo Branco, um projeto educativo, pedagógico e cultural dedicado à música.

Em 2018, o projeto foi renovado e reativado como Centro de Artes de Belgais, disponibilizando retiros musicais, espaço para atuações e oficinas de música.