A Goldenergy, a terceira comercializadora com um maior número de clientes domésticos de gás natural, vai aumentar em média 6 euros a 10 euros o preço dos contratos a partir de outubro.

A informação foi prestada esta segunda-feira pela empresa depois de serem conhecidos aumentos de outros operadores — a EDP Comercial que anunciou subidas médias de 30 euros e a Galp que ainda não revelou a dimensão dos seus aumentos. A maioria dos clientes vai ter em média um aumento de 6 euros por mês (com taxas e impostos incluídos). “Considerando o número de clientes presentes em cada escalão da Goldenergy e os seus perfis médios de consumo, o aumento tarifário para este inverno nas faturas de gás será em média de 1o euros, onde se incluem taxas e impostos”.

A operadora justificou esta revisão dos preços dos seus contratos de gás com a volatilidade dos mercados e a escalada dos preços do gás nos mercados internacionais nos últimos meses, “situação que tem vindo a ser agravada pelas consequências da guerra na Ucrânia. Mas também aponta para o “aumento dos custos dos acessos regulados, aprovados pelo Governo para entrarem em vigor a 1 de outubro”, numa referência ao agravamento em mais de 1% das tarifa de acesso na baixa pressão.

Face a estes fatores, a “Goldenergy vê como inevitável proceder ao aumento dos preços de gás nos segmentos residenciais e pequenos negócios” que admite rever de acordo com alterações que possam surgir no mercado. A empresa tinha em março 12% dos clientes do mercado livre, o que corresponde a cerca de 160 mil contratos.

Citado num comunicado, o presidente executivo da Goldenergy, Miguel Checa, sublinha que, “mesmo perante a atual situação do mercado grossista, a Goldenergy fará todo o esforço por efetuar um aumento controlado, ainda que inevitável, dos preços do gás com o intuito de minimizar o impacto nos seus clientes. Achamos que as medidas a adotar nesta fase têm de ter em conta sempre a poupança possível para os nossos clientes, assim como promover a eficiência energética, a utilização alternativa de outras fontes de energia e o uso responsável da energia”.

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Na semana passada e perante o anúncio de fortes aumentos no gás natural para clientes residenciais, o Governo anunciou que vai alterar a legislação para permitir a estes consumidores e aos pequenos negócios regressarem à tarifa regulada do gás natural que dá acesso a preços mais baixos dos que são atualmente praticados no mercado livre. A poupança será ainda mais expressiva quando entrarem em vigor as subidas já anunciadas pelas comercializadoras do mercado livre.

Tarifa regulada permite poupar 70% após aumentos, mas há dúvidas para gás e luz na mesma fatura