Um dos suspeitos dos esfaqueamentos deste domingo no Canadá foi encontrado morto, enquanto o alegado cúmplice, o irmão, continua desaparecido.

As autoridades descobriram o corpo de Damien Sanderson, de 31 anos, em James Smith Cree Nation, região onde ocorreu o ataque, refere a Reuters. O irmão, Myles Sanderson, de 30 anos, ainda não foi encontrado, poderá estar ferido e à procura de ajuda médica, explicou a comandante da polícia Rhonda Blackmore numa conferência de imprensa. Apesar de ferido, o suspeito é considerado perigoso.

Segundo Blackmore, o cadáver foi encontrado esta segunda-feira com “ferimentos visíveis”. A polícia acredita que não terão sido auto-infligidos, no entanto não especificou o que os terá provocado. Questionada sobre se Myles Sanderson era suspeito da morte do irmão, a comandante referiu que por agora ainda não conseguiram apurar se esteve envolvido.

Myles tem uma extensa ficha criminal (…). Nós consideramo-lo armado e perigoso. Não se aproximem dele”, sublinhou.

No domingo de manhã, dois homens atacaram membros da comunidade indígena de Saskatchewan, em James Smith Cree Nation, e uma vila de Weldon, na proximidade. Pelo menos 10 pessoas morreram e 18 ficaram feridas no que é descrito como um dos ataques mais mortais na história do Canadá.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, descreveu os ataques como “horríveis e perturbadores”, garantindo que o governo está a acompanhar de perto a situação.

Esfaqueamentos no Canadá são “horríveis e perturbadores” diz Justin Trudeau

“Os meus pensamentos estão com as pessoas que perderam um ente querido e com as que ficaram feridas”, afirmou.

O líder da federação das Nações Indígenas Soberanas do Canadá disse que os esfaqueamentos podem estar relacionados com drogas. “Esta é a destruição que enfrentamos quando drogas ilegais nocivas invadem as nossas comunidades”, disse o chefe Bobby Cameron. No entanto, até agora a polícia não confirmou se os suspeitos estavam ou não sob influência de estupefacientes.

Líder indígena diz que drogas podem ter motivado esfaqueamentos no Canadá