Os resultados na última temporada (depois do sucesso europeu em 2021) não foram famosos, a grande instabilidade provocada pela saída de Roman Abramovich como efeito colateral da invasão da Rússia à Ucrânia também fez tombar várias figuras da estrutura, o mercado transformou-se bem mais num foco de problemas do que propriamente numa fonte de soluções. Os últimos meses do Chelsea foram atípicos e o início da nova época não fugiu a essa linha, dentro e fora de campo – e o primeiro reflexo chegou agora.

Poucas horas depois da derrota na Croácia frente ao Dínamo Zagreb, na primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, os blues confirmaram o despedimento de Thomas Tuchel. O alemão chegou a meio da época de 2020/21, sagrou-se campeão europeu e mundial além de ter ganho a Supertaça Europeia, foi a mais três finais internas (duas Taças de Inglaterra e uma Taça da Liga), garantiu sempre a qualificação para a Champions mas sai agora com apenas sete jogos feitos em 2022/23, entre três vitórias, um empate (polémico) com o Tottenham e três derrotas com Leeds, Southampton e agora Dínamo Zagreb.

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“Queremos agradecer ao Thomas e ao seu staff pelo seu esforço durante o período no clube. Terá, com todo o direito, um lugar na história do Chelsea depois de conquistar a Liga dos Campeões, a Supertaça Europeia e o Mundial de Clubes durante o período em que esteve à frente da equipa. Numa altura em que se cumprem 100 dias desde a mudança na gestão do clube, os novos donos acreditam que esta é a altura certa para se fazer esta transição”, anunciaram os londrinos em comunicado, referindo ainda que haverá agora uma solução interina até ser encontrado o nome do técnico que vai suceder ao alemão.

O The Telegraph, que explica todas as tensões que se foram sentindo entre o treinador germânico e os novos proprietários este verão, aponta já alguns potenciais sucessores com um elemento em destaque: Graham Potter, que está a ter um grande arranque no Brighton. Mauricio Pochettino, Zinedine Zidane (ambos sem clube) e até Roger Schmidt, técnico do Benfica, são outras hipóteses colocadas. Para já, a única garantia é mesmo a da saída de Tuchel, que poderá receber um montante total de 15 milhões de euros pela rescisão a que se somam ainda mais 2,3 milhões para todos os adjuntos do alemão. Mais uma dor de cabeça para Todd Boehly, um dos novos proprietários do clube após a saída de Abramovich.