Os preços dos bilhetes para os espetáculos do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, vão sofrer um aumento de cinco euros na temporada 2022/23, de acordo com um despacho esta quinta-feira publicado em Diário da República.
Assim, os bilhetes para assistir a ópera encenada, na plateia, passam a custar 70 euros, enquanto a semi-encenada custa 60 e as óperas em versão concertos valem 45 euros e os concertos (sinfónicos ou corais) 30.
A temporada lírica arranca no dia 1 de outubro, com a ópera “O Elixir do Amor”, de Donizetti, estando previstas mais quatro óperas no TNSC até junho de 2023 (“O Holandês Voador”, de Wagner, vai subir ao palco do Centro Cultural de Belém), incluindo “O Rouxinol”, de Sérgio Azevedo, para o público infantil.
No caso da temporada sinfónica, os primeiros seis concertos acontecem fora de portas (entre o Centro Cultural de Belém, o Teatro Camões e o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e o Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada), estando o primeiro concerto da época no TNSC marcado para dia 02 de janeiro, com a atuação de Ano Novo.
Também os concertos sinfónicos comentados para famílias e óperas infantis sofrem um aumento de 15 para 20 euros, no caso dos adultos, mantendo-se os cinco euros para crianças até aos 12 anos.
Os demais lugares da sala também vão ser alvo de aumentos: os mais baratos, nos balcões de 3.ª e 4.ª B, passam de valores entre os 15 e os 20 euros para 20 e 25.
Nos camarotes, o aumento também é de cinco euros por pessoa: seis pessoas vão pagar 180 euros para um concerto ou 420 para uma ópera encenada, quando na temporada anterior esses valores seriam, respetivamente, 150 e 390 euros.
De acordo com o despacho, mantêm-se os descontos: 15% para assinaturas, menores de 25 anos e maiores de 65, grupos de mais de 20 pessoas e profissionais do setor, e 25% para pessoas de mobilidade condicionada.
Na tabela de descontos surge ainda o programa ÉS.Cultura’18, que permite o acesso gratuito a jovens de 18 anos — no caso, para camarotes de 3.ª e 4.ª ordem.
No caso da Companhia Nacional de Bailado, os aumentos centram-se no bailado clássico com orquestra e nos setores A e B da plateia da sala principal do Teatro Camões: nesses espetáculos, a plateia A passa a custar 30 euros e a B 25, num aumento de cinco euros. A plateia C passa de 18 para 20 euros, mantendo-se os restantes espaços.
O bailado clássico sem orquestra ou contemporâneo mantém todos os preços, salvo uma ligeira descida de 18 para 17,5 euros no caso da plateia B.
Noutro despacho, são mantidos os valores de bilheteira para a próxima temporada do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, que vai encerrar já em 2023 para obras no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Em dezembro, foi anunciado que o TNSC também vai estar encerrado ao público entre janeiro de 2024 e setembro de 2025, enquanto decorrem as obras de reabilitação, no âmbito do PRR para a Cultura.
Quanto ao Teatro Camões, o período de encerramento será mais curto e acontecerá mais cedo — de junho a dezembro de 2023 —, por se tratar de um edifício mais recente.
O investimento global nas obras destes dois edifícios ascende quase aos 34 milhões de euros (27,93 milhões para o TNSC e 5,894 milhões para o Teatro Camões).